• Carregando...
 |
| Foto:

Um grande torneio às avessas para o Brasil. E, justamente por isso, o país tem as chances de pódio aumentadas. A seleção masculina de basquete estreia hoje, em Granada, na Copa do Mundo da Espanha com força máxima: um time experiente e com o que tem de melhor, ao contrário de outras disputas, em que desfalques e dispensas levaram a fracassos – como a classificatória Copa América, na qual não ganhou nenhum jogo e passou a depender de um convite para não perder o Mundial pela primeira vez –, encara, às 13 h (horário de Brasília), a campeã europeia França.

INFOGRÁFICO: Veja informações sobre o mundial

Os principais adversários estão em situação oposta. Com exceção à anfitriã Espanha, convivem com desfalques de peso. Grandes nomes, do porte do francês Tony Parker e do argentino Manu Ginóbili, optaram por não defender seus países. Os Estados Unidos seguem favoritos, mas também não contam com suas maiores estrelas, como LeBron James, que priorizaram a NBA.

A última vez que o Brasil teve força máxima foi na Olimpíada de Londres-2012, na qual ficou com o quinto lugar. E é um time muito parecido com aquele – com os jogadores da NBA e do forte basquete espanhol – que o técnico argentino Rubén Magnano preparou nos últimos 40 dias. Ele prefere não falar em metas, mas destaca que o grupo está em condições de enfrentar qualquer oponente. "Gostei muito do grau de competitividade diante de grandes adversários na fase de preparação. Isso me deixa otimista. A França é um dos fortes times", afirma sobre a estreia.

O último pódio em um Mundial foi há 36 anos, com a cesta de Marcel nos segundos finais contra a Itália, fazendo 86 a 85 e garantindo a medalha de bronze. Dos 12 convocados por Magnano, apenas Marcelinho Machado, 39 anos, já era nascido naquele ano de 1978. Hoje, é o atleta mais velho de todo o Mundial.

Por enquanto não se fala em repetir os títulos mundiais de 1959 e 1963. Voltar a ‘medalhar’ é o objetivo. "Pela segunda vez vamos ter nossa equipe completa em uma grande competição. Quando estivemos todos juntos conseguimos bons resultados, como o quinto lugar na Olimpíada. Por isso, existe uma grande possibilidade de medalha", destaca o pivô Anderson Varejão.

Um complicador é ter caído na chave mais difícil. Após a desastrosa Copa América há um ano, sem os jogadores da NBA, o Brasil só obteve vaga no Mundial por causa de convite. No grupo A. Além da campeã europeia, terá pela frente a dona da casa e vicecampeã olímpica Espanha e a competitiva Sérvia. Como Egito e Irã completam o emparceiramento, não deve ter problemas para pegar uma das quatro vagas. Porém o cruzamento leva a um provável embate antes das semifinais com a algoz Argentina — que eliminou o Brasil nas quartas de final da Olimpíada de 2012 e nas oitavas do Mundial de 2010.

Contudo, especialistas como o ex-jogador e comentarista da ESPN, Zé Boquinha, se mostram animados. "O Brasil pode chegar entre os semifinalistas. É o melhor momento da seleção, com três excelentes pivôs [Varejão, Splitter e Nenê]. Mas tem de marcar mais forte, não ceder na defesa, especialmente nos quartos finais. Não vai apagar o vexame da Copa América, até porque seria o mesmo que pedir à próxima seleção de futebol apagar o 7 a 1 para a Alemanha. Mas é um time para mostrar que o basquete pode ser mais".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]