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O Brasil abre, a partir da madrugada de amanhã, o Campeonato Mundial de Judô, em Chelyabinsk, na Rússia, com uma missão dupla: consolidar a seleção feminina como potência e recuperar o status da equipe masculina.

Veja os brasileiros que estão na competição

O judô é tratado hoje pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) como o carro-chefe da delegação brasileira para colocar o país entre os dez melhores no quadro de medalhas dos Jogos do Rio, em 2016.

A meta traçada é que a seleção supere os resultados do último Mundial, ano passado, no Rio de Janeiro, quando conquistou sete medalhas, seis no feminino (o ouro, inédito, de Rafaela Silva; três pratas, uma delas, na final por equipes; dois bronzes) e, no masculino, prata de Rafael Silva (mais de 100 kg).

Distribuindo os objetivos, a equipe terá de chegar a pelo menos quatro finais no individual, como fez em 2013, e subir ao pódio na disputa por equipes tanto no masculino quanto no feminino. Para as mulheres, a intenção é pelo menos repetir o número de medalhas, o que quer dizer que caberá aos rapazes a responsabilidade de retomar o caminho do pódio.

Eles estão em processo de renovação. No feminino, as brasileiras vão com uma equipe parecida com a de 2013: além de Rafaela Silva, Sarah Menezes e Mayra Aguiar, Maria Suelen Altheman e Erika Miranda.

Já o país anfitrião, a Rússia, vive a dualidade de se reafirmar como potência esportiva – abrigou os Jogos Olímpicos de Inverno, em fevereiro, e será sede da próxima Copa do Mundo, em 2018 – ao mesmo tempo em que administra uma intensa e violenta crise política com a Ucrânia.

A presença do presidente Vladimir Putin na abertura da competição é quase certa, não só porque Chelyabinsk está a 2,2 mil km da fronteira com a Ucrânia – o que distancia o clima da tensão política –, mas especialmente porque o chefe de governo é o principal garoto-propaganda do Mundial, disputado até o próximo domingo.

Putin é judoca. Começou a praticar o esporte aos 11 anos e um grande incentivador do judô. Não à toa, sua silhueta estampa a logomarca do evento.

Por isso, não é exagero um estado de alerta, mesmo que velado, para possíveis protestos políticos.

A escolha da cidade é outro trunfo da organização do Mundial que ajuda a separar a Rússia política da Rússia esportiva: Chelyabinsk é uma espécie de "capital do judô" do país, que tem um Centro de Treinamento da modalidade e abriga parte da atual seleção russa.

A cidade receberá 751 atletas de 120 países que disputam o Mundial em 14 categorias individuais e por equipes no masculino e feminino. O Brasil compete com 18 atletas, oito entre os líderes do ranking mundial, e chega à Chelyabinsk como uma das atrações para a competição, ao lado de franceses e japoneses, também entre os favoritos.

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