Brasil tenta acabar com a hegemonia queniana na São Silvestre

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A tradicional Corrida de São Silvestre, prova que encerra o calendário esportivo do país, chega hoje à sua 89.ª edição com um novo recorde de inscritos – a largada masculina será às 9 horas. Mais de 27,5 mil pessoas – superando as 25 mil dos últimos dois anos – são esperadas na linha de largada na Avenida Paulista para percorrer os 15 quilômetros do percurso, que passa por alguns dos principais pontos turísticos de São Paulo.

Para essa edição, a expectativa gira em torno da volta dos brasileiros ao lugar mais alto do pódio, lugar dominado recentemente por quenianos e etíopes.

A última vez que um atleta do país venceu a prova foi em 2010, quando Marílson Gomes dos Santos conquistou o tricampeonato. Já na prova feminina, o jejum é ainda maior. Em 2006, Lu­­célia Peres foi campeã da São Silvestre, fazendo dobradinha com Franck Caldeira. Depois disso, as africanas sempre levaram o troféu da disputa.

Neste ano, Giovani dos Santos é tido como uma das apostas na corrida masculina. Quarto colocado em 2012 e atual vencedor da Volta Internacional da Pampulha, o corredor mineiro de 32 anos espera quebrar a supremacia dos quenianos hoje. "Em toda prova que entro, vou para dar meu melhor. Vou chegar lá e fazer o possível para dar alegria para o povo brasileiro", disse o atleta.

Apesar da disposição de Giovani, é inegável que o favoritismo é do o atual campeão, o queniano Edwin Kip­­sang. Vencedor logo na primeira vez que disputou a São Silvestre, ele admitiu que, depois de um ano treinando em Nova Santa Bárbara, no interior do Paraná, está ainda mais preparado para buscar o bi. Para o corredor, Santos está entre os adversários a serem batidos.

"Ele está vendo o Mark Korir, que treina junto conosco, e o Stanlei Koech, atual vencedor da Maratona de São Paulo, como principais concorrentes [ambos do Quênia]. O Giovani, para o Edwin, não deixa de ser um adversário à altura, já que ele sabe que é o brasileiro mais forte na competição", explicou Moacir Marconi, o Coquinho, treinador de Kipsang.

Entre as mulheres, a também queniana e atual campeã Maurine Kichumba vai às ruas como mais cotada ao título. Tatiele de Carvalho, após cinco participações na prova e de chegar na sexta posição no ano passado, é uma das brasileiras com mais chances de terminar no pódio. Além dela, outra cotada é a campeã de 2001, Maria Zeferina Baldaia, volta a participar da São Silvestre.

Ao vivo

Corrida de São Silvestre, às 8h40, na RPC TV.