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Com o tempo do Pan, as brasileiras seriam finalistas do Mundial de Barcelona | Erich Schlegel/USA Today Sports
Com o tempo do Pan, as brasileiras seriam finalistas do Mundial de Barcelona| Foto: Erich Schlegel/USA Today Sports

A natação brasileira feminina ainda não subiu ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Pan-Americanos, mas vem mostrando, em Toronto, que vive o melhor momento da história. Nesta quinta-feira, na última prova da noite no Centro Aquático, a equipe do revezamento 4x200 m livre bateu o recorde sul-americano para conquistar a prata, pouco atrás dos Estados Unidos.

Larissa Martins, Joanna Maranhão, Manuella Lyrio e Jessica Cavalheiro completaram a prova em 7min56s36, quebrando pela primeira vez a barreira dos 8 minutos. O antigo recorde era 8min03s22, tempo feito pelo time do Pinheiros, no Troféu Maria Lenk. Como comparação, essa mesma equipe, sem Joanna, fez 8min09s47 no Mundial passado, em 2013.

Larissa Martins, Joanna Maranhão, Manuella Lyrio e Jessica Cavalheiro completaram a prova em 7min56s36Jonne Roriz/Exemplus/COB

Agora 13 segundos mais rápido, o revezamento 4x200m livre do Brasil vai a Kazan (Rússia) com a meta de chegar à final e, entre as 12 primeiras, classificar o País na prova para a Olimpíada do Rio. Com o tempo do Pan, as brasileiras seriam finalistas do Mundial de Barcelona.

No Pan, o ouro não veio porque os Estados Unidos estavam com um time fortíssimo, que incluía a atual campeã olímpica dos 200m livre, Allison Schmitt. As norte-americanas venceram com 7min54s32, seguidas de Brasil e Canadá.

Outras provas

Primeira brasileira a ganhar medalha de ouro em um GP nos Estados Unidos, Daynara de Paula completou os 100m borboleta em quarto, com 58s56. Ainda assim, foi o melhor tempo dela na temporada, 31.º do mundo. Com 58s74, Daiene Dias ficou em quinto, agora no 35.º lugar do ranking mundial. O ouro dos 100m borboleta foi para a norte-americana Kelsi Worrell, com 57s78, seguida das canadenses Noemie Thomas (58s00) e Katerine Savard (58s05).

Na prova masculina, muito equilíbrio, com todos os finalistas muito perto um dos outros, com diferença de apenas 0s71 do medalhista de ouro (o norte-americano Giles Smith, com 52s04) para o último colocado. O brasileiro Arthur Mendes Filho ficou longe dos 52s33 que fez no Maria Lenk. Com 52s73, terminou no sétimo lugar.

Santiago Grassi garantiu a medalha de prata para a Argentina, com 52s09, seguido pelo canadense Santo Condorelli (52s42). Campeão em Guadalajara, o venezuelano Albert Subirats completou em quarto lugar (52s52).

Até as 22h20 desta quinta-feira, os resultados das provas de 400m medley estavam sob judice. No masculino, a vitória na piscina foi de Thiago Pereira, mas a arbitragem entendeu que ele errou na virada do peito para o crowl. Extraoficialmente, a vitória foi para o também brasileiro Brandon Pierry. O garoto de 18 anos, Em uma recuperação impressionante, completou com 4min14s47.

A marca faz de Brandonn, atleta do Corinthians, o novo recordista mundial júnior. Agora, o Brasil tem os recordistas de duas provas: os 100m livre (Matheus Santana) e os 400m medley. Herança clara e evidente das conquistas de Cesar Cielo e Thiago Pereira.

Já nos na final feminina dos 400m medley, os árbitros eliminaram a vencedora da prova, a canadense Emily Overholt, também por uma falha em uma das viradas. Essa decisão beneficiou a brasileira Joanna Maranhão, que herdou o bronze.

A pernambucana não apenas bateu o recorde sul-americano, com 4min38s07, como pela primeira vez na carreira conseguiu superar a barreira psicológica do 4min40s. Na natação, as marcas redondas são como muros que os atletas tentam ultrapassar ao longo da carreira. Para Joanna, o fardo era gigantesco. Afinal, aos 17 anos ela fez cravados 4min40s00 na final olímpica de Atenas, mas nunca havia conseguido superar em um milésimo que seja aquela barreira. Agora, o fantasma está espantado.

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