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Levantador Bruninho vai voltar a jogar na Itália | Alexandre Arruda / CBV
Levantador Bruninho vai voltar a jogar na Itália| Foto: Alexandre Arruda / CBV

O levantador Bruninho anunciou nesta sexta-feira (3), em tom de desabafo, que está deixando o RJ Vôlei em razão dos salários atrasados e vai se transferir para o Modena, da Itália, clube que defendeu anteriormente. O jogador da seleção brasileira criticou a estrutura do esporte no país e revelou que só recebeu o salário de um mês nesta temporada.

"Recebi propostas anteriormente, mas acreditei que pudéssemos resolver o problema do clube e tinha a esperança que conseguiríamos outros parceiros para a manutenção de todo o elenco. Mas eu e alguns companheiros de elenco recebemos apenas um mês desde o início da temporada, situação que me levou a tomar a decisão mais difícil da minha carreira: a de deixar o Brasil por algum tempo. Estou aceitando a proposta de jogar o restante da temporada em Modena, cidade da Itália onde já atuei em 2011 e pela qual tenho um grande carinho", escreveu Bruninho em seu perfil no Facebook.

Os problemas financeiros do RJ Vôlei começaram com a perda do patrocínio da OGX, empresa do setor petrolífero e de gás do empresário Eike Batista. O jogador se mostrou triste com a situação enfrentada pela equipe, atual campeã da Superliga Masculina de Vôlei, mas destacou que as dificuldades não são um caso isolado no esporte nacional.

"É claro que continuo acreditando no vôlei do Brasil e jogar aqui sempre será minha primeira opção. Mas vejo que devemos nos preocupar com a situação geral do esporte em nosso País. O problema do RJ Vôlei não é um fato isolado. Colegas de profissão estão em outras equipes passando por problemas semelhantes e muitas vezes até piores do que o nosso no Rio de Janeiro. É preciso valorizar o esporte coletivo que mais medalhas olímpicas e mundiais conquistou para o nosso Brasil", escreveu.

Bruninho lembrou que o vôlei é um dos esportes com mais êxito e visibilidade no Brasil para alertar que o momento vivido e as dificuldades enfrentadas por outras modalidades são ainda mais graves, mesmo faltando apenas dois anos para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, marcados para o Rio.

"Se isso acontece em uma modalidade com tanta visibilidade, e considerada por muitos a segunda mais importante do País, imaginem o que se passa com as que não têm o mesmo espaço na mídia. Sempre é bom lembrar que estamos a dois anos de uma Olimpíada, que além do mais será realizada aqui mesmo no Brasil, e no Rio de Janeiro", afirmou.

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