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Alex faz a bandeja no duelo contra a rival Argentina, em Madri, que garantiu a equipe na próxima fase do Mundial | JuanJo Martín/ EFE
Alex faz a bandeja no duelo contra a rival Argentina, em Madri, que garantiu a equipe na próxima fase do Mundial| Foto: JuanJo Martín/ EFE

O Brasil chegou ao Mundial da Espanha com uma geração de jogadores em fase final de carreira, marcada por um jejum histórico contra a Argentina. Nenê, Anderson Varejão, Marquinhos, Leandrinho, Alex, Tiago Splitter, Giovannoni, Marcelinho Huertas e cia agora estão nas quartas de final, a um jogo de brigar por uma medalha que não vem desde 1970.

Esses craques todos devem muito a Raulzinho. Afinal, foi o único garoto da geração de veteranos que, com 21 pontos e uma atuação irrepreensível, comandou o Brasil em históricos 85 a 65 sobre a Argentina em Madri, ontem.

Na próxima fase, nesta quarta-feira, os comandados do argentino Rubén Magnano vão reencontrar a Sérvia, a quem já venceram na primeira fase. Depois, quem avançar pega Espanha ou França na semifinal.

Para explicar a atuação de Raul Togni Neto, o Raulzinho, de 21 anos, atleta mais jovem da última Olimpíada, um número: 25. Durante os 24min20s em que o armador esteve em quadra, o Brasil fez 25 pontos a mais do que a Argentina. Dos 10 arremessos de quadra que ele tentou, acertou nove, sendo dois de três pontos. Na linha do lance livre, acertou as duas tentativas.

A vitória lava a alma de uma geração que vai entrar para a história por ter aberto as portas da NBA para o Brasil. Mais do que isso, uma geração marcada por críticas por ter, cada um pelo seu motivo, em diversas ocasiões, recusado convocações para defender o Brasil em competições oficiais.

O jogo

Antes da partida, especulou-se que Raulzinho começasse no lugar de Marcelinho Huertas, por causa da estratégia que a Argentina usou para vencer Brasil na Olimpíada. Em Londres, o armador teve liberdade para chegar à cesta. Era proposital. Depois, quando os espaços foram fechados, seus companheiros não tinham ritmo de jogo. Mas Huertas começou como titular e até fez a bola rodar no ataque, só que a Argentina estava precisa na bola de três. Os argentinos fizeram 21 x 13 no primeiro quarto e foram para o intervalo apenas três pontos na frente: 36 x 33.

Raulzinho entrou e foi perfeito. E ainda contou com Anderson Varejão, que colheu cinco rebotes ofensivos e deu show de raça. O terceiro quarto terminou com 57 x 49 e a sensação que o jogo não escaparia das mãos brasileiras. Com a frieza de veterano, Raulzinho garantiu que nada mudaria. Só no último quarto, fez 14 pontos. Ficará para sempre marcado como o herói da vitória histórica deste domingo.

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