A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) decidiu punir a corredora paranaense Vanda Gomes, 24 anos, pelas declarações após a desclassificação da equipe brasileira no revezamento 4 x 100m no Mundial de Moscou, domingo. Na ocasião, Vanda, que deixou o bastão cair na passagem para Franciela Krasucki, afirmou que não teve a preparação adequada para a disputa.
"Comemos mal", "treinamos mal" e "dormimos pouco" foram algumas da críticas de Vanda após a prova, em declaração ao canal SporTV. No momento da passagem do bastão, o Brasil estava em segundo lugar na prova, que foi vencida pela equipe jamaicana.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo nesta terça-feira, o treinador-chefe da delegação brasileira em Moscou, Ricardo D'Angelo, defendeu punição à velocista entre três meses a um ano. Segundo o dirigente, as declarações de Vanda foram "um ato de indisciplina, que não condizem com a verdade".
O pedido de punição será entregue para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) até o fim da semana. Antes, a CBAt já havia emitido nota oficial rebatendo as declarações de Vanda. No texto, a confederação questiona por que a atleta não reclamou das condições de treino antes.
Na chegada ao Brasil, Vanda voltou a criticar a CBAt, dizendo que não havia treinado a passagem do bastão. Vanda substituiu Rosângela Santos na final, que se contundiu na semifinal, quando o Brasil bateu o recorde sul-americano da prova com o tempo de 42s29. "Eu e a Franciele [ Krasucki] entramos na prova sem ter feito nenhuma passagem", afirma. "Eu reconheço meu erro, mas não é só meu. É do grupo e isso não deve mais acontecer", disse, também em declaração ao SporTV.
A alegação da CBAt para Vanda ter participado do revezamento sem treinar a passagem é de que ela já vinha sendo mais rápida nos treinos individuais para o Mundial do que Rosângela.
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