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Anderson Ribeiro, empresário curitibano de 35 anos, começou nas corridas de rua há três anos e hoje é triatleta apaixonado pelo esporte. | André Rodrigues/Gazeta do Povo
Anderson Ribeiro, empresário curitibano de 35 anos, começou nas corridas de rua há três anos e hoje é triatleta apaixonado pelo esporte.| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Eventos esportivos organizados nos moldes das competições profissionais, mas voltados apenas para a participação de atletas amadores estão em alta. Chamados de esportes participativos, eles agradam justamente por aliarem a sensação de uma disputa profissional à meta de exercitar o corpo como forma de cuidar da saúde. Como bônus, ainda permitem uma intensa interação social.

Várias modalidades já encontraram esse filão, como triatlo, ciclismo, natação e vôlei de praia, mas o destaque fica mesmo com as corridas de rua. Esse foi o caminho escolhido pelo empresário Anderson Ribeiro, de 35 anos, para mudar de vida. Pelo menos no início. Há três anos, começou a correr para emagrecer. Depois do primeiro evento do qual participou, não largou mais as corridas, passou a praticar natação, ciclismo, e acabou ingressando no triatlo.

“O esporte mudou a minha vida. Eu fumava desde os 14 anos. Parei de fumar e levo uma vida de atleta. Minha qualidade de vida hoje é excelente. Minha esposa começou a correr, atualmente levo meu filho para acompanhar as provas, está todo mundo envolvido”, revelou.

Mercado

As corridas de rua ganharam espaço no mercado brasileiro. Segundo projeções da Norte Marketing Esportivo, maior empresa nacional na organização de eventos desse tipo, o país bateu a marca de 1 milhão de participantes em 800 provas em 2015 – crescimento de 20% em relação ao ano anterior. Um envolvimento intenso que movimentou valores de cerca de R$ 100 milhões.

“Nos últimos cinco anos, especialmente, tem crescido a preocupação com a qualidade de vida, e isso vem fazendo o mercado crescer. Muitas empresas estão apostando nisso”, destacou Luiz Sampaio, sócio-diretor da Norte.

Essa tendência de alta nos esportes participativos também foi notada em Curitiba.

Em 2014, foram 77 provas na capital paranaense; no ano passado, 80, envolvendo mais de 95 mil atletas no último ano; para 2016 já estão previstas 90 competições. Os dados são da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ).

Coordenador do setor de corridas de rua e ciclismo da Smelj, Luiz Otávio Batista ressalta o sucesso da iniciativa como prática esportiva e de cidadania. “Tivemos o fortalecimento das provas e também de ações sociais envolvidas, como campanhas de doação de medula, sangue, brinquedos. A organização hoje é bem melhor e o feedback é bem positivo”, fala.

Benefícios extras

O hoje triatleta amador Anderson Ribeiro ressalta essa integração promovida pelo esporte, entre atletas e destes com a comunidade, além da oportunidade que os eventos oferecem de se conhecer outros lugares e culturas. Ribeiro percorreu o Brasil atrás de novas provas. “Viajo muito, uso a questão da corrida e do triatlo como desculpa para viajar. Conheci o Brasil todo com o esporte. As diferenças de costumes são grandes, mas você sempre faz amigos”, ressaltou.

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