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Jovane Guissone, campeão paralímpico, em ação no Thalia | Fotos: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Jovane Guissone, campeão paralímpico, em ação no Thalia| Foto: Fotos: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Serviço

2ª Copa do Brasil de Esgrima em Cadeira de Rodas, com disputas até as 13 horas, no ginásio da Sociedade Thalia. Entrada franca.

  • Mônica Santos é líder do ranking de espada e florete desde 2011: sonho de lutar no Rio

É um começo. Mas parece animador. Com pouquíssima (ou nenhuma) tradição no país, a esgrima para cadeirantes ganha um trabalho intenso para se difundir a tempo da disputa dos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016.

Apesar de já ter um atleta medalha de ouro em Lon­­dres-2012 – o gaúcho Jovane Guissone, líder do ranking mun­­dial da sua modalidade, a espada, categoria B (para atletas com estabilidade limitada) –, a modalidade passa por um vigoroso processo de difusão. Neste fim de semana a parada é Curitiba, com a 2.ª Copa do Brasil.

Assim, contar com 42 participantes em uma competição nacional, vindos de cinco estados – além dos anfitriões paranaenses, concorrem esgrimistas de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul – é motivo de animação para o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que desde 2006 está à frente da organização do esporte no país. "Ainda é pouco tempo que a modalidade está sendo desenvolvida e vemos o crescimento do número de participantes com alegria, mas ainda tempos muitos lugares para levar esporte", diz o coordenador técnico do CPB, Valber Lázaro.

Aumento que ainda não reflete, exatamente, maior competitividade: boa parte dos atletas da seleção, como o paranaense Sandro Colaço, 40 anos, líder do ranking nacional na espata categoria A (atletas com estabilidade para sentar) ainda mantém a invencibilidade em território nacional por meses e até anos a fio.

No feminino, a gaúcha Mô­­nica Santos, 31 anos, está há três anos na liderança dos rankings da espada e florete. "Isso é resultado da dedicação dos treinos. Estou focada em conseguir a vaga para a Paralimpíada", diz ela, que ficou paraplégica há 12 anos por causa de um angioma medular durante a gravidez.

A perspectiva é de que, com o tempo, os novos esgrimistas ganhem qualidade técnica e a competitividade aumente. Esse não é o único desafio da modalidade. "Precisamos ainda de quem ensine. Faltam professores especializados. Em palestras que realizamos pelo país, nos dizem que há cadeirantes interessados em aprender, mas ainda falta gente especializada em ensinar. E também falta o equipamento, desde o fixador das cadeiras até o equipamento básico, que, se têm um certo custo inicial, são materiais de grande durabilidade", destaca Lázaro.

Guissone afirma que ele ainda está em processo de aprendizado. "Sei que me falta muita técnica. Venho para as competições nacionais para testar coisas novas, o que não posso fazer em nível internacional", diz.

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