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O secretário-geral da Confederação de Associações nacionais de Basquetebol nas Américas (Fiba Américas), Alberto Garcia, fez uma dura advertência ao basquete brasileiro neste sábado (22). O dirigente cobrou um trabalho melhor da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e disse que a vaga do país anfitrião nos Jogos Olímpicos de 2016 não está garantida. "Estamos muito preocupados com a administração da CBB. A situação financeira da entidade está muito ruim", afirmou o dirigente argentino.

Garcia conversou com o secretário-geral de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser. Ambos pretendem convocar uma reunião com Carlos Nunes, o presidente da CBB, para esclarecer a situação. Por enquanto, Garcia faz questão de ameaçar a entidade, para que ela se mexa.

Ele disse que o Brasil ainda não quitou a doação à Fiba, relativa ao convite para o Mundial de Basquete, na Espanha, que começa no final de agosto. O valor é de 1 milhão de francos suíços (cerca de R$ 2,6 milhões). Segundo Garcia, a CBB pagou uma parte do valor, que não soube precisar, e se comprometeu a quitar o restante até 2016, mas ele não vê condições de que isso seja cumprido.

"A CBB tem de mudar sua gestão. Falta-lhe credibilidade. É claro que é impensável o Brasil organizar os Jogos de 2016 e não participar no basquete. Mas essa vaga não está garantida. O Brasil terá de fazer bom trabalho na Copa do Mundo e terá de participar do Pré-Olímpico também."

Garcia disse que o Brasil manifestou interesse em sediar os Pré-Olímpicos masculino e feminino de 2015, mas não pagou as taxas. "A taxa de cada evento era de US$ 15 mil. Se o Brasil não tem US$ 30 mil, o que se pode dizer do basquete brasileiro?", questionou.

O secretário-geral da Fiba Américas ficou especialmente irritado com a recusa de um convite para um torneio sub-18 feito pela Euroliga em Milão. "Há um torneio sub-18 que faz parte da programação do Final Four da Euroliga. A entidade chamou o Brasil, mas a CBB disse que não havia dinheiro."

Embora reserve elogios ao NBB, García vê problemas na base. "A liga feminina tem oito equipes, e todos os times do NBB precisam de estrangeiros para completar seus elencos. Não há formação de jogadores. A base não existe."

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