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Aos 35 anos, Gibas se despede da seleção brasileira e se diz triste com as críticas: “Nosso currículo não vale nada” | Nacho Doce/ Reuters
Aos 35 anos, Gibas se despede da seleção brasileira e se diz triste com as críticas: “Nosso currículo não vale nada”| Foto: Nacho Doce/ Reuters

Comissão técnica

Zé Roberto e Bernardinho renovam e ficam na seleção até os Jogos do Rio

Tanto o vôlei masculino quanto o feminino continuarão com seus atuais técnicos até os Jogos do Rio, em 2016. O anúncio oficial ainda não foi feito pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), mas o presidente Ary Graça já confirmou que Bernardinho, 53 anos, e prata em Londres com os homens, e José Roberto Guimarães, 58, ouro com as mulheres, já conversaram com a entidade e acertaram a continuidade do trabalho. "Já está tudo conversado e sacramentado para mais um ciclo. Eu não trabalho com acerto anual. É sempre por um ciclo", disse Graça.

Medalhista de prata em Londres, a seleção brasileira masculina de vôlei chegou nesta quinta (16) ao Brasil com um discurso de valorização da conquista e de desabafo com as críticas recebidas após a derrota de virada para a Rússia por 3 a 2.

O porta-voz foi o paranaense Giba, que reclamou da mentalidade esportiva no país. "Primeiro de tudo, quem acostumou mal o povo brasileiro foi a gente. A mentalidade brasileira é ou você ganha ou você é o último, se for segundo você não é nada."

Com outras duas medalhas olímpicas – o ouro em Atenas-2004 e a prata em Pequim-2008 –, Giba classificou como triste ver os comentários desfavoráveis, principalmente pelo bagagem dessa geração.

"Esse currículo aqui não vale nada", resumiu. "Foi muito bom ter chegado à final depois de todas as críticas que recebemos na Liga Mundial (o Brasil ficou fora do pódio, algo que não acontecia desde 1998). Tenho um orgulho dessa geração. Somos ouro e duas vezes prata", emendou.

Capitão nos últimos cinco anos, Giba se despede da seleção e já aponta o levantador Bruno e o ponteiro Murilo como sucessores na condição de líderes do time. "Eles terão a responsabilidade de manter a seleção no mesmo nível dos últimos 12 anos", afirmou o jogador de 35 anos, que continuará jogando apenas por clubes.

Também em tom de despedida, Serginho exaltou a sua passagem pela seleção. "Esse é o momento de preparar uma nova geração de líberos para as próximas olimpíadas. Jamais irei negar uma convocação, mas espero que só me convoquem em casos de extrema urgência", comentou o líbero de 36 anos, outro que tem três medalhas olímpicas.

Representante da nova geração, Bruno fez questão de elogiar os "veteranos" e apontar o convívio com Giba e Serginho como fundamental para uma transição de sucesso do time. "A filosofia, o trabalho, o comprometimento de grandes jogadores vão servir de base para gerações futuras que não terão de começar do zero. Eles colocaram o Brasil em primeiro lugar no ranking mundial. Foram três títulos mundiais, três medalhas olímpicas, ou seja, eles ganharam tudo", lembrou o levantador de 26 anos.

Já Murilo disse estar preparado para suportar a responsabilidade. "Isso mostra que, ao lado do Dante, nós somos os mais experientes e teremos grande responsabilidade", afirmou o ponteiro, de 31 anos.

O técnico Bernardinho também era esperado para a coletiva da seleção em São Paulo, mas acabou tendo um problema com avião, que teve de retornar ao Rio de Janeiro por falta de combustível.

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