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A inspetora Joanna Breaven-Desjardins diz que Thyê estava acompanhado de outra pessoa, que não participou do abuso de uma mulher de 22 anos. | Julio Cesar Rivas/EFE
A inspetora Joanna Breaven-Desjardins diz que Thyê estava acompanhado de outra pessoa, que não participou do abuso de uma mulher de 22 anos.| Foto: Julio Cesar Rivas/EFE

A comissão técnica da seleção brasileira masculina de polo aquático decidiu cortar o goleiro Thyê Matos do elenco que começa na segunda-feira a disputa do Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan (Rússia). A Confederação Brasileira (CBDA) não explicou os motivos do corte, mas eles estão relacionados ao pedido de prisão expedido contra ele no Canadá, onde o jogador é acusado de ter abusado sexualmente de uma mulher de 22 anos.

Em nota oficial, a entidade afirmou que o goleiro, que defende as cores do Club Athletico Paulistano, em São Paulo, nega as acusações. “O atleta se declara inocente, sendo certo que tanto pela nossa legislação, quanto pela lei canadense, todos são presumidos inocentes até prova em contrário. Nenhum membro da delegação da CBDA em solo canadense foi procurado para prestar depoimento, nem tampouco recebeu qualquer comunicação oficial das autoridades canadenses”, alega a CBDA.

Ainda de acordo com a entidade, a mesma foi informada do caso apenas “verbalmente” pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e posteriormente pela imprensa. O grupo e Thyê foram pegos de surpresa com as acusações. Assim que acabou a entrevista coletiva da polícia de Toronto, o goleiro se reuniu a portas fechadas com o técnico da seleção, o croata Ratko Rudic. Abalado, acabou cortado e liberado para voltar ao Brasil.

Neste sábado, o time treinou sem a presença de Thyê, que foi o “herói” da conquista do bronze na Liga Mundial. Mesmo reserva boa parte do tempo (no polo é usual cada goleiro jogar metade da partida), ele fez grandes defesas na vitória sobre a campeã olímpica Croácia e pegou o pênalti que deu o bronze diante dos EUA.

Como o congresso técnico do polo aquático já foi realizado em Kazan, a CBDA não poderá inscrever outro atleta para o lugar de Thyê, a não ser que este tivesse se machucado. Assim, Bin Laden, do Pinheiros, será o único goleiro à disposição do treinador.

“Estou preparado para toda a competição. O fato de ser o único goleiro não me deixa mais pressionado. Eu confio no trabalho que vem sendo feito pela comissão técnica. Queremos fazer história no Mundial. Não podemos perder o foco”, disse Bin Laden, em declaração reproduzida no site da CBDA.

Vale lembrar que o goleiro titular do Brasil na Olimpíada deverá ser o sérvio Slobodan Soro, um dos melhores do mundo, que recentemente obteve a naturalização. Ele, entretanto, ainda não cumpriu a quarentena imposta pela federação internacional e, por isso, não poderá jogar no Mundial.

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