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Barros: “Jockey é sigiloso”. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Barros: “Jockey é sigiloso”.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
  • Portão principal do Jockey Club do Paraná: nenhuma palavras sobre as novas denúncias

Uma história centenária ameaçada de ser interrompida. Com 140 anos, o Jockey Club do Paraná, segundo mais antigo do Brasil, aguarda o desfecho de um processo administrativo que tramita no Ministério da Agricultura e cuja pena, caso condenado, é a suspensão mínima de um ano de suas atividades.

O Auto de Infração 16/2013 elaborado por fiscais do Departamento de Siste­mas de Produção e Susten­tabilidade (Depros) do Minis­tério incluiria irregularidades administrativas e descontinuidade da manutenção regular do serviço antidoping.

De acordo com os fiscais, além da entidade paranaense, a Associação dos Amigos do Parque do Gaúcho, entidade de turfe do Rio Grande Sul, também estaria em "processo de cassação de Carta Patente". A decisão, em segunda instância, sem direito a recurso, aguarda apenas a assinatura do ministro Antônio Andrade (PMDB), que deve deixar o órgão para tentar se reeleger deputado federal por Minas Gerais.

A Gazeta do Povo procurou o Jockey Club e tanto a assessoria de imprensa quanto o advogado Sergio Virmond Pichetto, que representa o Jockey, informaram que a diretoria só irá se pronunciar após encontro com o ministro. "Está difícil encaixar a agenda. Fizemos algumas tentativas e não conseguimos. Esperamos na próxima semana realizar essa reunião e então poderemos falar sobre o assunto", explicou Pichetto.

Na semana passada, a Associação Paranaense de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida (ACPCCP) solicitou à Associação Brasi­leira dos Criadores (ABCPCC) uma intervenção no Ministério para o esclarecimento das questões que ameaçam o funcionamento do Jockey Club.

"Ficamos sabendo dessa situação pela imprensa. Tudo lá no Jockey é sigiloso. Não temos acesso. É uma situação que preocupa e não só pelas corridas. Centenas de pessoas estão envolvidas no funcionamento do Jockey, sejam criadores, tratadores, plantadores de alfafa, de feno, os próprios jóqueis. Temos uma tradição maravilhosa que está ameaçada", lamenta Jael Barros, presidente da ACPCCP, um dos maiores criadores do país.

No seu haras nasceu o campeoníssimo Much Better, considerado um dos principais cavalos da história do turfe brasileiro. Além de vencer os mais importantes Grandes Prêmios da América Latina, foi o primeiro animal brasileiro a disputar o GP Arco do Triunfo – uma espécie de campeonato mundial do puro-sangue inglês.

Após dois meses sem provas, o programa volta na próxima sexta-feira com nove páreos no Hipódromo do Tarumã e a chance de algumas respostas.

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