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Ricardinho  levanta a bola em jogo de pré-temporada do Maringá Vôlei | Fernando Tanaka/Divulgação
Ricardinho levanta a bola em jogo de pré-temporada do Maringá Vôlei| Foto: Fernando Tanaka/Divulgação

Sexto colocado na última Superliga masculina, o Maringá Vôlei terá muito trabalho para repetir o melhor resultado da história do clube, fundado em 2012. Após perder o patrocínio master da fabricante de academias ao ar livre Ziober, o investimento no projeto foi reduzido pela metade. Assim, a equipe estreia na competição, no próximo sábado (7), contra o Vôlei Kirin, com um elenco 66% novo.

“Tínhamos a expectativa de manter a base, mas a saída da Ziober foi um golpe forte, economicamente falando’, admite o técnico Horácio Dileo. A Copel Telecom, que já era uma das maiores patrocinadoras, agora batiza o time que tem o levantador Ricardinho como presidente.

“Tivemos de montar um time novo. Eles [jogadores] estão treinando bem, com vontade e muitos focados. Mas a gente vai entrosar a equipe apenas jogando, durante o próprio campeonato. E isso é uma coisa perigosa”, alerta o argentino de 52 anos.

Dos 18 jogadores do elenco, 11 desembarcaram em Maringá há três meses, no início da preparação para a Superliga. Além de Ricardinho, apenas líbero Rogerinho, o central Mudo, o levantador Gelinski, e o oposto Luan permaneceram no grupo em relação à edição passada. Último reforço, o central Guilherme Lima foi confirmado apenas na sexta-feira (30).

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As principais perdas do único representante paranaense na Superliga foram o líbero Thiago Brendle, que se transferiu para o Campinas, o ponteiro Pato, que jogará na liga italiana, e o oposto Rivaldo, contratado pelo Bento Vôlei.

“Temos praticamente metade da verba [em relação à última temporada, que era de aproximadamente R$ 4 milhões]. Foi com muito sacrifício que conseguimos manter a equipe aberta e fazer contratações”, diz Ricardinho, que afirma ter apresentado o projeto do clube a mais de 20 empresas e ‘tomado muitos nãos’.

“Vai ser difícil brigar com os seis times que têm investimento maior do que o nosso. Mas o objetivo continua o mesmo. Temos potencial para ficar entre os oito [e jogar o mata-mata]”, banca o atleta/dirigente, que completa 40 anos no dia 19 de novembro.

Além do aspecto financeiro, o Maringá também encara outro percalço logo no início do campeonato. Como não disputa o estadual e a pré-temporada teve apenas seis jogos oficiais, incluindo um torneio amistoso na Cidade Canção, a equipe está distante de ter uma cara.

Pior, já que uma sequência de lesões impediu que os prováveis titulares pudessem treinar junto durante a preparação – o central Mudo, um dos principais nomes do elenco, por exemplo, vai ficar fora por quatro meses após romper tendão do calcanhar.

A tabela se apresenta como outra barreira para os paranaenses, com os três primeiros jogos fora de casa. Depois da estreia, os desafios são contra o Juiz de Fora (12/11), e o atual campeão Sada Cruzeiro (14/11). A primeira partida no Ginásio Chico Neto acontece somente no dia 21 de novembro, contra o vice-campeão Sesi.

“Nosso desafio é jogo por jogo. Três dos quatro primeiros adversários vão brigar para estar nas semifinais”, acredita o treinador, que nem por isso pede menos cobrança por resultados.

“Se você joga bem, pode jogar melhor. Se joga mal, é cobrado do mesmo jeito. O que tenho certeza é do trabalho que vamos fazer no dia a dia. E isso não inclui só a comissão técnica, mas a diretoria que também nos dá respaldo. Não sei se é justo ou injusto [por causa do cenário de redução de investimento], mas a cobrança sempre vai existir”, resume, sincero, Dileo.

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