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Jogadores do Canoas com narizes de palhaço em protesto contra os escândalos na CBV | Reprodução/Facebook
Jogadores do Canoas com narizes de palhaço em protesto contra os escândalos na CBV| Foto: Reprodução/Facebook

Jogadores e personalidades do vôlei repercutiram domingo (14) nas redes sociais os protestos contra as irregularidades apontadas na administração da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) durante a gestão de Ary Graça, atual presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

Relatório da Contoladoria-Geral da União (CGU) aponta irregularidades em contratos da CBV. A CGU apurou que empresas como a S4G e SMP, de propriedade de dirigentes e ex-dirigentes da CBV, receberam comissões por prestação de serviços inexistentes. No total, foram detectadas irregularidades de R$ 30 milhões em contratos da entidade.

Sábado (13), jogadores do Canoas e do Taubaté entrarem em quadra com narizes de palhaço em protesto às denúncias. Domingo (14), personalidades do esporte se manifestaram utilizando a hashtag #respeitoaovoleibol para postar uma imagem em que aparece uma bola de vôlei com um nariz de palhaço acompanhada da frase "Não vamos nos calar".

Punidos semana passada pela FIVB por discussões com a arbitragem no Mundial da Polônia em setembro, o levantador Bruninho e o ponta Murilo, ambos titulares da seleção, postaram mensagens pedindo punição aos culpados pelos escândalos. Enquanto o levantador e capitão limitou-se a publicar a imagem, o ponta foi além. "Nós atletas não vamos nos calar! A justiça tem que ser feita e punir quem fez toda esta lambança!", escreveu Murilo.

Os campeões olímpicos Nalbert e Mauricio também publicaram a imagem de protesto, assim como o argentino Rodrigo Quiroga, atleta do Canoas.

Em tom de desabafo, a ponta bicampeã olímpica Jaqueline, esposa de Murilo, disse estar triste com a situação. "As provas das investigações estão aí pra que todos possam ver, e espero, do fundo do meu coração, que a justiça seja feita!", postou.

Reflexos

Além dos protestos dos jogadores nas mídias sociais, há também ameaça de parar a Superliga de Vôlei se o caso não for investigado. "E nós atletas, o que vamos fazer? Paralisar a Superliga ou vamos deixar como está? E os clubes, vão assumir a gestão ou vão se calar?", publicou no Twitter semana passada outro campeão olímpico, Gustavo.

A principal consequência, entretanto, foi a suspensão do contrato de 23 anos do Banco do Brasil com a CBV. "Há alguns meses estamos pressionando a CBV para fazer um aditivo ao contrato de patrocínio para adotar várias das medidas preconizadas pela Controladoria-Geral da União. Como as providências não foram adotadas, decidimos suspender o pagamento", afirmou a direção do Banco do Brasil, semana passada, via assessoria de imprensa do Banco do Brasil.

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