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Após o ouro olímpico,  o ponteiro Lipe criticou publicamente a falta de apoio ao esporte na capital paranaense. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Após o ouro olímpico, o ponteiro Lipe criticou publicamente a falta de apoio ao esporte na capital paranaense.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A lamentação do ponteiro curitibano Lipe, medalhista de ouro na Rio 2016, sobre a falta de um clube de vôlei forte em Curitiba gerou transferência de responsabilidades entre o presidente da Federação Paranaense de Vôlei (FPV), Neuri Barbieri, e o coordenador de Esportes da Secretaria de Esportes e de Turismo do Paraná, José Alberto de Campos.

Há 34 anos no cargo de presidente da federação local, Barbieri alega que a ausência de um clube forte de vôlei em Curitiba é causado pela negligência do governo estadual. “O Ginásio do Tarumã está sucateado, obsoleto, abandonado pela gestão pública. Curitiba perdeu a oportunidade, com o crescimento do vôlei nos anos 2000, de montar uma estrutura para receber jogos de sete, oito mil pessoas”, enfatiza.

Segundo o advogado, também vice-presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), a falta de um ginásio para sediar jogos mais expressivos afasta investidores. “Enquanto for assim, enquanto não ter um ginásio grande, sofreremos sem times de ponta”. Desde 2013, o Ginásio do Tarumã está inativo por ordem do Corpo de Bombeiros, que identificou irregularidades na estrutura local. Há mais de mil dias fechado, o complexo será “enxugado” em sua capacidade, que será de aproximadamente quatro mil pessoas, e reinaugurado em 2 de dezembro, na abertura dos Jogos da Juventude do Paraná.

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Para Campos, a declaração de Barbieri não faz sentido. “Primeiramente, nós temos outros bons clubes em Curitiba, como o do Círculo Militar, do Clube Curitibano e do Clube Santa Mônica. Dizer que não temos um clube na cidade por causa do Tarumã não é correto. Segundo ponto, com a reforma, o Tarumã estará novamente apto para eventos maiores”, avalia.

PATRIMÔNIO: Há mais de mil dias fechado, Ginásio do Tarumã tem data de reabertura definida

Não há nenhuma movimentação do governo estadual para disponibilizar recursos para a criação de um clube de vôlei em Curitiba. A própria verba disponibilizada para reformar o Tarumã passou por diversos entraves até ser destinada ao ginásio, que era para ter sido reaberto no começo do ano.

Saindo do ritmo de comemoração do ouro olímpico, Lipe acredita que Curitiba comporta um time de projeção nacional. “Tenho modelos de investimento. Com apoio estatais e de patrocinadores de mente aberta dá pra fazer um time competitivo. O vôlei tem muito público. Todas as cidades que apostaram no esporte nos últimos anos tiveram grandes retornos de marca, de mídia, de audiência”, alega. Em contrapartida, o Paraná terá dois clubes na Superliga deste ano: Maringá e Castro.

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