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Nelson Piquet ao seu estilo: “O automobilismo no Brasil é uma porcaria.” | Rodolfo Buhrer/ Fotoarena
Nelson Piquet ao seu estilo: “O automobilismo no Brasil é uma porcaria.”| Foto: Rodolfo Buhrer/ Fotoarena

O Brasil está próximo de subir ao pódio da Fórmula 1 em um quesito nada agradável: o jejum de vitórias na categoria máxima do automobilismo.

Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, o tricampeão de F1 Nelson Piquet tem na ponta da língua o motivo para a má fase brasileira: a gestão da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

Os pilotos nacionais não sobem no degrau mais alto desde o triunfo de Rubens Barrichello, ainda com a Brawn GP, em 13 de setembro de 2009, no circuito de Monza, na Itália. É o quarto maior período sem vitórias brasileiras

Em Maringá para uma conferência da Autotrac, empresa da qual é presidente, o ex-piloto comentou que a base do automobilismo nacional é fraca e os pilotos precisam disputar campeonatos internacionais para serem reconhecidos.

"O automobilismo no Brasil é uma porcaria", disparou. "Todo mundo que assume a Confederação Brasileira não tem uma visão para potencializar uma base e fazer crescer nosso automobilismo. Continuamos com a Stock Car, uma categoria de velhos e que não vai formar pilotos, e o kart que é uma indisciplina enorme, com um bate-bate danado, parecendo carros de batida."

O segundo brasileiro em número de vitórias na F1, com 23 triunfos, disse que a situação existe há anos e culminou no momento atual do Brasil. O país tem apenas um brasileiro na disputa do mundial 2013, que é Felipe Massa, da Ferrari. O paulista, no entanto, ainda não renovou o contrato para correr no ano que vem pela escuderia italiana.

"Meu filho, o Pedro [Piquet, de 15 anos], foi convidado pela FIA para disputar um campeonato sub-15 lá fora e ganhou tudo", contou. "Em São Paulo, ele não consegue correr. Só tem acidente. Não tem como andar. Ele precisou sair para se dar bem. Depois disso, terá de fazer alguma categoria lá fora mesmo para evoluir."

Apenas por três momentos distintos o Brasil ficou tanto tempo sem vencer. A primeira lacuna durou 20 anos e cinco meses, entre a primeira prova de Fórmula 1, em 1950, e a primeira vitória, com Emerson Fittipaldi, em outubro de 1970, no GP dos EUA. O segundo grande jejum foi quebrado por Rubens Barrichello, em julho de 2000, quando ele venceu pela primeira vez na categoria. A vitória não vinha desde o último triunfo de Ayrton Senna, em novembro de 1993, na Austrália. O terceiro da lista durou entre a última vitória de Fittipaldi na F1, em julho de 1975, em Silverstone, na Inglaterra, e a primeira vitória do próprio Piquet, nos EUA, em março de 1980.

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