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 | Kirstin Scholtz/© ASP/ Kirstin Scholtz
| Foto: Kirstin Scholtz/© ASP/ Kirstin Scholtz

O sucesso histórico de Gabriel Medina contrastou com o pior ano do surfe profissional do país em 2014. A constatação foi manifestada pelo presidente da Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro (Feserj), Abílio Fernandes, que nem sequer conseguiu organizar uma etapa profissional no estado por falta de patrocínio. Dificuldade que não se limita às ondas cariocas.

Enquanto Medina ostenta 12 patrocinadores, a realização do Campeonato Brasileiro da modalidade não está garantida, por causa de um racha entre a Confederação Brasileira e outras federações. No Paraná, há o esboço de uma etapa estadual em junho. Mas ainda não está confirmada.

“A situação é complicada. Dos dois principais surfistas do estado, o Jihad Khodr ainda manteve um patrocínio. O Peterson Rosa perdeu ano passado. Para os eventos a gente esperava apoio de alguma empresa e também é difícil”, contou o presidente da Federação Paranaense de Surfe, Leonardo Bail.

O clima de otimismo com o inédito título mundial não se refletiu no esperado e necessário apoio financeiro. Um dos motivos seria a forte crise que atinge mesmo as mais importantes marcas de surfware.

“Essa indústria vive o pior momento de sua história no país”, avaliou o diretor executivo da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp), Pedro Falcão. “Além da concorrência brutal dos produtos piratas, a massificação do futebol não deixou espaço: hoje o surfista chega à praia com a camiseta do time que torce”, comentou à revista Época.

“Foi a carteira de patrocinadores do Medina que abriu o olhos da grande mídia para oportunidade de negócio. Não podemos ser ingênuos. Não há janta grátis”, comentou o diretor da Associação de Surfistas Profissionais na América do Sul, Roberto Perdigão. A esperança persiste. “Alguma coisa vai sobrar para a gente. Na prancha de Medina não cabe tudo, né?”, fecha.

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