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Letreiro indica a 48ª edição do Super Bowl, que será disputada no domingo, com a cidade de Nova York aparecendo ao fundo | Eduardo Muñoz/ Reuters
Letreiro indica a 48ª edição do Super Bowl, que será disputada no domingo, com a cidade de Nova York aparecendo ao fundo| Foto: Eduardo Muñoz/ Reuters

O Super Bowl, jogo que define o campeão da NFL, liga profissional de futebol americano, é conhecido por levar um mar de gente, congestionamentos e euforia às cidades onde se insta­­la. Neste ano, a finalíssima será disputada a poucos quilômetros do coração de Nova York, a principal e mais populosa metrópole dos Estados Unidos, onde o que não falta é caos urbano. Por isso, o torcedor de futebol americano não vê a hora de largar tudo e grudar na tevê para uma das edições mais esperadas dos últimos tempos.

A partida, marcada para o próximo domingo, entre Denver Broncos e Seattle Seahawks, tem sido organizada de forma conjunta por Nova York e Nova Jersey. Há muita expectativa em torno da disputa não apenas pela qualidade das equipes, mas pelo ambiente onde será realizada – será, inclusive, a primeira vez que a NFL se arrisca a realizar o jogo em uma região conhecida pelo rigor de seu inverno.

A divisão de responsabilidades entre o estado de Nova Jersey e a cidade de Nova York foi a forma encontrada para levar a cabo o evento, que não se resume apenas ao dia do jogo, mas inclui também a agitada semana que o antecede.

Em termos bem populares, Nova Jersey é o papagaio comendo todo o milho – hospeda os times em Jersey City e é onde se encontra o MetLife Stadium, palco da decisão. Já Nova York é o periquito que está levando toda a fama. Há um imenso esforço da organização em martelar as siglas NY/NJ sempre que se fala da sede da partida, pois é natural que as luzes e a euforia nova-iorquina ofusquem o que está do outro lado do rio.

De toda a estrutura necessária para a realização do evento, Manhattan abriga apenas o centro de imprensa e a Super Bowl Boulevard, uma estrutura gigantesca montada na Broadway que levou ao fechamento de 13 quadras, da Times Square até a famosa loja Macy’s, na 34th Street, por três dias. Lá estão situados os estúdios temporários das principais emissoras de tevê, palco com apresentações artísticas e atividades promocionais de patrocinadores.

Mas no fim das contas acaba sendo uma demonstração de força da popularidade da NFL. Porque fechar ruas de Indianápolis e Nova Orleans é algo totalmente diferente de interromper o tráfego no centro da cidade com o trânsito mais caótico dos EUA. O esforço, no entanto, deve ser recompensado.

Juntas, Nova York e Nova Jersey esperam um impacto na economia de cerca de US$ 600 milhões, de acordo com o comitê organizador. Uma cifra ligeiramente maior que das sedes anteriores, provavelmente alavancada pelo fato de tudo ser um pouco mais caro na região. São esperados 400 mil visitantes, mesmo que a capacidade do estádio seja de aproximadamente 80 mil.

Um dos maiores desafios, entretanto, não é a estrutura hoteleira ou de transporte de massa, mas sim o clima. Geralmente, a NFL opta por realizar o Super Bowl em cidades que não têm um inverno tão rigoroso, em estados como Flórida, Louisiana, Arizona e Califórnia. A escolha pela candidatura de NY/NJ surpreendeu não apenas pela propensão ao frio, mas pelo estádio não ser coberto.

Na semana passada, o vice-presidente de eventos da NFL, Frank Supovitz, chegou a declarar que havia um plano de contingência no caso de uma grande nevasca, e que a liga estava preparada para antecipar ou adiar o Super Bowl. Para a sorte da organização, as previsões de temperaturas extremamente baixas não se confirmaram, e institutos meteorológicos locais indicam que as chances de mudança na programação são mínimas. Um alívio e tanto.

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