A pernambucana radicada no Paraná Teliana Pereira termina 2015 mais do que realizada. O objetivo dela para a temporada era voltar ao top 100 do tênis mundial. Missão cumprida com louvor.
A tenista fechou o ano na 46.ª posição, mas chegou a figurar entre as 43 melhores da WTA, terceira melhor colocação de uma brasileira na história do esporte – atrás da lenda Maria Esther Bueno (1.º) e de Niege Dias (31.º).
Para 2016, a estratégia é a mesma. Com foco apenas na quadra, ela não cobra de si mesma um novo salto gigantesco no ranking. Mas não custa sonhar.
“O principal é me manter entre as 50, não planejo nada muito além disso. Tenho bastante trabalho para o ano que vem. Terei de ser muito constante”, diz Teliana. “Mas quem sabe não consigo um top 30? Seria legal”, imagina.
Repetir a melhor temporada da carreira – ou até melhorar – começa pela cabeça de Teliana. Ela tem a clara noção de que quando jogou sem preocupações externas conseguiu seus melhores resultados. Foi exatamente assim nos torneios WTA de Bogotá, em abril, e de Florianópolis, em julho, primeiros títulos de uma atleta do Brasil nesse nível de competição desde 1988.
As duas conquistas representam 560 pontos para defender em 2016. O número é quase metade de toda a pontuação conquistada por ela em outros 21 torneios no ano (582). Mas nem por isso a tenista se preocupa por antecipação.
“Não perco meu tempo pensando nisso”, afirma, enfática. “Quando você pensa muito em ranking, premiação, o jogo não flui. Tem gente que usa como motivação, mas tem gente que só pensa nisso e não consegue desenvolver o jogo. Eu prefiro pensar mais em correr em quadra e jogar meu melhor. O resultado é uma consequência”, justifica a número 1 do Brasil.
Olimpíada
Se continuar no top 50 até 6 de junho, a Olimpíada do Rio será outra consequência do trabalho duro de Teliana. Como os 56 melhores do ranking se classificam diretamente para os Jogos do Rio, é possível afirmar que ela está muito próxima da vaga. Mesmo que fique fora do corte, ela provavelmente seria chamada para a vaga assegurada do país-sede por ser a melhor ranking nacional.
“Eu joguei o Pan-Americano no Rio, em 2007, e foi muito legal. Tive um gostinho e já foi super emocionante”, fala Teliana, que pode fazer uma ‘dupla dos sonhos’ para disputar uma medalha em casa. “Seria muito legal jogar também a dupla mista. Até por que parceiro é o que não vai faltar. Tem o Marcelo [Melo, número 1 do mundo em duplas] , o Bruno [Soares], e o André Sá também. Vou ter parceiros de luxo”, comemora.
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