Poupar e cansaço, termos proibidos na maratona coxa

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Cinco jogos, 13 dias e 8.567 quilômetros, quase a extensão da costa brasileira (8.698 quilômetros). A maior maratona do Coritiba neste começo de temporada inicia hoje e só acaba depois da partida contra o Engenheiro Beltrão, dia 21. A ida de avião para Foz do Iguaçu, onde enfrentará o time da cidade às 17 horas de amanhã, será a primeira das quatro viagens mais longas dos primeiros meses de 2009.

Depois da tríplice fronteira, o Alviverde ainda terá compromissos em Paranavaí (contra o ACP, quinta-feira), Manaus (contra o Holanda, pela Copa do Brasil, dia 18) e Engenheiro Beltrão (contra o Aereb, dia 21). No meio disso, uma partida em Curitiba (Rio Branco, dia 15). Mas alívio mesmo – e retorno aos treinos táticos e técnicos –, só após a correria, quando, enfim, o time deverá ficar mais de uma semana na capital.

A perturbação da rotina de treinamentos, contudo, não será capaz de provocar mudanças no time. Na cartilha do técnico Ivo Wortmann, poupar jogadores é algo inadmissível.

"Poupar nada. Não sou desses de priorizar competição. Isso nunca deu certo. Trabalhando bem na recuperação não precisa preservar ninguém", diz o técnico, que só vê uma saída para os jogadores ganharem um descanso no futuro. "Temos é que eliminar o segundo jogo da Copa do Brasil (o que ocorrerá se o Coxa vencer o Holanda por ao menos dois gols de diferença)."

No planejamento da comissão técnica, desde ontem acabaram-se os trabalhos com bola. No período de viagens e jogos, a ênfase será na recuperação dos jogadores, com uma alimentação reforçada, bastante líquido e repouso. Só treina quem não entra em campo. E o elenco não se preocupa nem com a temperatura elevada de algumas cidades – Foz, por exemplo, tem previsão de 30 oC amanhã à tarde.

"Temos de ser inteligentes e jogar com a bola no pé, sem correria. Depois, recuperar bem. É só seguir o que o professor Glydiston (Ananias, preparador físico do Coxa) diz que não tem problema. Vamos estar prontos", afirma Douglas Silva.

Mas e o cansaço? Ivo interrompe.

"Que cansaço?! No Juventude, tive uma seqüência de jogos assim e no fim enfrentamos o Cruzeiro. Jogamos todos os jogos com o time titular e ainda vencemos o Cruzeiro por 1 a 0", lembra o técnico, que prefere nem utilizar o termo para evitar a autosugestão. "Se entrar com essa conversa de cansaço, o próprio jogador absorve. Se cansa antes de jogar, só de ouvir."