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Uma pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de São Paulo (USP), realizada pelo professor Jorge Dorfman Knijnik, apontou o preconceito como o maior gerador de problemas emocionais em jogadoras do futebol feminino. O pesquisador entrevistou 33 atletas que disputaram o Campeonato Paulista Feminino de Futebol de 2004, logo após o sucesso da seleção feminina na Olimpíada de Atenas. Segundo o estudo, essa barreira emocional também é fator que prejudica a evolução do esporte no Brasil.

"O preconceito realmente ainda incomoda muito. Por ser um esporte mais praticado pelos homens, não somos bem vistas, dizem que só tem mulher homossexual e isso desmotiva um pouco", disse Daiane Moretti, 18 anos, estudante e meia do São José. Convocada quatro vezes para a seleção brasileira sub-20, a jovem costuma ser comparada de forma pejorativa com os homens quando vista em campo. "Por eu jogar bem, falam que eu jogo igual ‘piá’".

A volante do Vila Hauer, Alessandra Filipin, 27 anos, representante comercial, acredita que o preconceito, além atingir a auto-estima das atletas, também dificulta os possíveis investimentos. "Muita gente ainda acha que futebol é esporte masculino. Sendo assim, as empresas não querem colocar dinheiro numa modalidade que não é bem recebida", aponta a jogadora.

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