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Por ter tirado a camisa na comemoração do gol, o segundo da Itália, Balotelli recebeu uma dura do técnico Cesare Prandelli: “Todo mundo já conhece os músculos dele” | Marcelo Sayão/ EFE
Por ter tirado a camisa na comemoração do gol, o segundo da Itália, Balotelli recebeu uma dura do técnico Cesare Prandelli: “Todo mundo já conhece os músculos dele”| Foto: Marcelo Sayão/ EFE

Os jogadores símbolos de México e Itália comandavam a estreia na Copa das Confederações, domingo (16), no Rio de Janeiro. Pela Azzurra, o meia Pirlo, na sua 100.º partida com a camisa italiana, comemorava a marca com um gol. No lado mexicano, Chicharito cobrava a penalidade que deixava tudo igual ainda no primeiro tempo. Resultado perfeito para o Brasil, então líder isolado do grupo A, até o controverso Balotelli garantir a vitória italiana, por 2 a 1.

O atacante italiano, que tantas vezes ofusca sua própria luz por polêmicas extracampo, entrou no Maracanã sob algumas vaias. Aparentemente inclinado a torcer pelos mexicanos, o público foi logo conquistado por Balotelli, candidato a estrela do ensaio geral da Fifa para a Copa de 2014.

O jogador chegou a ser dúvida por causa de dores na coxa direita, mas precisou de dois lances de perigo no começo do confronto para levantar os torcedores, que transformaram o jogo de ontem no mais concorrido da primeira fase, perdendo apenas para a final. Nenhum compromisso da seleção brasileira, nem as apresentações da campeã do mundo Espanha tiveram tantos ingressos vendidos. E o primeiro tempo justificou tamanho interesse, com um duelo intenso e movimentado e um gol para cada lado.

O primeiro foi um presente de Pirlo para ele mesmo. Há 11 anos defendendo a Azzurra, o meia coroou a centésima partida de uma vitoriosa trajetória pela equipe com um gol de falta. Uma especialidade que ele desenvolveu inspirado pelo jogador brasileiro Juninho Pernambucano. Após uma falta em Balotelli – ele de novo –, Pirlo mandou para as redes aos 26 do primeiro tempo. "É um privilégio completar 100 partidas aqui no Maracanã. Sonhava com isso desde criança", afirmou, sempre econômico nas declarações, após ser escolhido o melhor em campo.

O gol não abateu o México, que vive uma situação delicada nas Eliminatórias da Concacaf – acumula apenas uma vitória e cinco empates, todos por 0 a 0. E como está mesmo difícil balançar as redes, nada como um pênalti para ajudar. Principal ídolo mexicano, Chicharito foi para a cobrança e marcou. No segundo tempo, o jogador do Manchester United reclamou de outra penalidade não dada pelo juiz. Uma reclamação bem mais discreta do que a de Balotelli, em um lance muito parecido na área mexicana. Insatisfeito com a arbitragem que não anotou falta no lance que chegou a lhe arrancar a chuteira, deu um chute pra longe no calçado. A torcida não perdoou e certamente o camisa 9 não entendeu, pois sorria no telão enquanto o público entoava "Balotelli, viado [sic]."

No segundo tempo, mais lento e truncado, o empate parecia definido quando o atacante italiano escapou no meio da defesa mexicana para garantir a vitória. E como a rotina do Super Mario está sempre na gangorra entre o bem e o mal, o atacante saiu aplaudido de campo para levar um puxão de orelha no vestiário. "Dissemos que todo mundo já conhece os músculos dele e que nessa altura do campeonato ele não precisa mais tirar a camisa quando marcar", cobrou o treinador Cesare Prandelli, do seu pupilo eficiente e problemático que mais uma vez foi amarelado por causa da celebração descamisada.

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