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O Governo de Minas Gerais apresentou nesta segunda-feira o projeto de modernização do Mineirão para a Copa do Mundo de 2014. E o ponto principal do modelo é que ele assegura a preservação da fachada original (a reconstrução do Mineirão será feita nos mesmo moldes em que foi realizada a reforma do Estádio Olímpico de Berlim). O início das obras está marcado para o dia 31 de janeiro de 2010. A previsão é que tudo esteja finalizado em 31 de dezembro de 2012, para que o local possa receber jogos da Copa das Confederações de 2013. O custo total da reforma não foi divulgado.

O Mineirão ficará fechado durante dois anos e não poderá receber qualquer jogo. Para minimizar os problemas, o governo de Minhas reformará o Estádio Independência, do América-MG, para que Atlético-MG e Cruzeiro possam mandar os seus jogos. Segundo o projeto, o local terá condições de receber até mesmo partidas internacionais. As obras deverão começar ainda neste ano.

A capacidade do Mineirão será ampliada de 61 mil para 69.950 lugares. Não haverá ponto cego (local onde o torcedor não tem visão total do gramado), segundo o Governo de Minas Gerais. O estádio terá novos bares, restaurantes, banheiros, lojas e 30 camarotes. Receberá um telão de 12m x 6,8m, que deverá ser instalado acima das tribunas principais. Ainda de acordo com o projeto, a cobertura será ampliada para que nenhum dos lugares fique desprotegido. Sala de imprensa e vestiários também terão caras novas. O estacionamento, atualmente com cerca de 4.500 vagas, será ampliado para 14 mil.

O Mineirão será "acoplado" ao Mineirinho. A ideia é juntar estádio e ginásio, para que o complexo fique ainda mais imponente. No trajeto entre os locais, será construído uma espécie de centro comercial com lanchonetes, restaurantes e lojas, que ficarão abertos o ano todo.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, esteve no Mineirão acompanhando a visita dos membros da Fifa. Depois da apresentação do projeto, ele conversou com a imprensa e garantiu que em março serão divulgados apenas as 12 sedes escolhidas.

"Em março, não teremos definição para os locais de abertura e final da Copa de 2014, apenas as 12 sedes. Essa decisão só virá mais adiante, depois que a Fifa estudar, entre as candidatas, quem tem melhores condições e capacidade", explicou o dirigente.

São Paulo é a favorita para sediar a abertura do Mundial. E o Rio de Janeiro está na frente para realizar a final e a cerimônia de encerramento. Ricardo Teixeira também afirmou que a recente crise econômica mundial não vai atrapalhar a realização das obras.

"O fato de a Copa no Brasil acontecer após o início da crise vai nos ajudar a superar este momentos. Depois que as sedes forem escolhidas, o presidente Lula irá conversar sobre o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) com o representante de cada uma delas. Neste momento de crise, os governos se mexem para resolver os problemas. Mais empregos serão gerados, teremos aumento no número de turistas e a imagem do Brasil será fortalecida no exterior", disse.

Relatório tem peso decisivo

Três representantes da Fifa estão no Brasil para preparar o relatório técnico sobre as cidades: Thierry Weil, diretor de marketing, Dick Wiles, co-chairman da empresa Match, e Fulvio Danilas gerente da Fifa e responsável pelo projeto Copa do Mundo FIFA Brasil 2014. Além deles, a comitiva tem a presença de representantes do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014: o presidente de CBF, Ricardo Teixeira, Joana Havelange, Rodrigo Paiva, Mário Rosa, Carlos Geraldo Langoni, Alexandre Silveira e Carlos de La Corte (consultor de estádios).

O relatório técnico produzido pela comitiva será entregue ao comitê executivo da Fifa, que nos dias 19 e 20 de março, em Zurique, na Suíça, vão escolher as 12 cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014.

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