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No jogo de sábado, contra o Barueri, a torcida do Coritiba começou a festa do centenário, com fumaça antes de a bola rolar e muitas luzes no intervalo, espetáculo que formou uma espessa névoa sobre o gramado | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
No jogo de sábado, contra o Barueri, a torcida do Coritiba começou a festa do centenário, com fumaça antes de a bola rolar e muitas luzes no intervalo, espetáculo que formou uma espessa névoa sobre o gramado| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Em festa, coxas-brancas pintam Curitiba de verde e branco

"Do alto de tantas glórias, a verde e branca vive sempre a tremular". Ontem, o torcedor do Coritiba fez jus à letra de Francis Night, espécie de hino não-oficial do clube. Fez bandeiras, bandeirolas e bandeirões tremularem pelas ruas de Curitiba para celebrar mais uma glória do time alviverde, o Centenário.

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O torcedor coxa-branca terá de esperar um pouco mais para receber o maior presente do aniversário de 100 anos do Coritiba. O anúncio do novo estádio, que deveria ser feito hoje, na data da comemoração, deverá ficar para o Natal.

O motivo do adiamento, de acordo com o vice-presidente do clube, Marcos Hauer, é a mudança no rumo do projeto com a saída da W/Torre. Agora, as conversas estão sendo conduzidas com mais de um parceiro, no que o dirigente chama de "projeto compartilhado". Nele, todas as empresas envolvidas, que são de ramos diferentes, estariam finalizando as negociações, definindo, entre outras coisas, o que ficará a cargo de cada uma.

"Aconteceram tantas coisas nesse ínterim que o negócio mudou radicalmente a configuração. Fi­­cou muito interessante. A ideia é muito boa e realista. Pena que não posso falar agora", afirmou Hauer, antes de adiantar: "É mais de um parceiro, cada um de uma área".

Alguns pontos, contudo, estão praticamente fechados. O primeiro deles é que o novo estádio não deverá mesmo permanecer no Alto da Glória. Cinco outras áreas estão em estudo. A antiga poderá entrar no negócio como moeda de troca.

A movimentação, porém, deve encontrar resistência da torcida. Levantamento publicado ontem pela Gazeta do Povo mostra que 94% dos coxas-brancas querem que o estádio permaneça no endereço atual (88% com obras para modernizá-lo e 6% exatamente como é hoje). Somente 5% dos entrevistados consideraram boa a ideia de seguir para outra localidade.

Outra certeza é que o Coritiba tentará acompanhar o cronograma da Copa do Mundo, ainda sonhando em ter a nova praça esportiva como sede de jogos do Mundial de 2014.

"Estamos dando caráter de urgência por isso. Não é que tenhamos entrado na disputa da Copa... ainda. Mas temos de acompanhar, e com vantagem. Não estamos concorrendo, mas estamos atentos e dispostos a abraçar uma oportunidade que possa aparecer", diz o dirigente.

A empolgação de Hauer voltou recentemente, após conversas que teve com os parceiros na semana passada. Antes, as negociações chegaram a ficar estagnadas. Agora, no entanto, o dirigente afirma ter plena certeza de que o projeto sairá do papel. Sem títulos dentro de campo, o novo estádio virou uma espécie de troféu para a atual gestão do Coxa no ano do centenário.

"Nós estamos com uma expectativa muito consistente. Tenho plena segurança de que vamos ter êxito no projeto. Gostaria de anunciar dia 12 (hoje), mas muitas coisas vão ter de acontecer ainda", diz o dirigente, que explica por que dezembro é a data limite. "Não posso passar disso, pois nosso mandato termina ali... E temos de deixar o nosso legado."

Por enquanto, os estudos se resumem a números. Viabilidade, custos, etc. O projeto arquitetônico ainda não foi encomendado. É possível que fique a cargo de uma empresa, ou mesmo um consórcio curitibano. A única coisa que se sabe é o preço total: R$ 250 milhões. O desejo é de que as obras possam começar em poucos meses após o anúncio do estádio.

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