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Chegou o puro-sangue. Cansado dos pangarés, como ele mesmo se refere aos jogadores que trouxe para o ataque do Coritiba, o presidente Giovani Gionédis resolveu abrir o cofre e acertou ontem a contratação de Renaldo, até dezembro de 2006. O artilheiro, que no início da carreira defendeu o Atlético, deixa o Paraná e chega ao Coxa para completar o ciclo nos três clubes da capital.

A dúvida é se, aos 35 anos, Renaldo conserva as características de um legítimo puro-sangue. A boa colocação e o oportunismo o transformaram no goleador do Brasileiro de 1996, pelo Atlético-MG, e no vice-artilheiro do Nacional de 2003, pelo Paraná, além de terem garantido oito convocações para a seleção brasileira.

Mas no atual campeonato, atrapalhado por contusões, marcou apenas um gol em seis partidas – se tivesse disputado uma a mais, não poderia se transferir para outro time da Série A. "Eu estou inteiro. Quem acompanha a minha carreira sabe que nunca tive uma lesão grave. Gosto de obstáculos e marcar gols aqui no Coritiba é o meu novo desafio", afirmou. Recuperado de um problema muscular na panturrilha esquerda, o atacante deve estrear na quarta-feira da semana que vem, contra o Atlético-MG, no Couto Pereira.

A negociação com o Paraná se arrastava desde o início do ano. Por pouco não foi fechada na semana passada. Mas os dois clubes não chegaram a um acerto financeiro. Até que, irritado com a baixa produção de seus atacantes, Gionédis foi à Vila Capanema decidido. "Coloquei o cheque em cima da mesa do presidente (José Carlos de Miranda) e ele não teve como negar", contou.

Os valores não foram revelados oficialmente. Nos bastidores, a informação é de que o Coritiba pagou R$ 200 mil pela multa rescisória, além de bancar dois meses de salário que o Tricolor devia a Renaldo. No Alto da Glória, o atleta deve ganhar R$ 50 mil por mês.

Segundo o vice de futebol paranista, José Domingos, não havia mais clima para a permanência do jogador. "Ele sentiu que a proposta era irrecusável. Se ficasse, não estaria à vontade. É doído perdê-lo."

No Coritiba, vai encontrar um time que parece estar precisando apenas de um matador para engrenar. "O meio-de-campo é muito bom e tem criado várias chances. Fui contratado para fazer gols e não vou fugir da responsabilidade", disse Renaldo, que reencontra o técnico Cuca e dois ex-companheiros do "quarteto mágico" formado no Paraná há dois anos: Marquinhos e Caio.

Só faltou Fernandinho, atualmente no Vasco. Mas opções não faltam para fechar o quadrado. Jackson e Alexandre são os principais candidatos.

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