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Jogos Pan-Americanos, candidatura à Copa do Mundo de 2014, implantação da Timemania, pressão de reforma na Lei Pelé e o desencalhe do esperado Estatuto do Desporto. O próximo governo federal será obrigado a ver o esporte como algo além de bola, rede, quadra e inserção social.

Alguns desafios surgem, em especial no próximo ano, para quem comandar a área em Brasília. Tanto o candidato Lula quanto Geraldo Alckmin garantem apoio à realização de grandes eventos no país. E – aparentemente – divergem pouco sobre outros temas centrais.

No site oficial de campanha do petista, fora questões de política sócio-educacionais para a pasta, promete-se total apoio aos grande eventos, como o Pan-2007 e a Copa-2014. A mesma linha segue o tucano, que até promete se engajar para o Brasil ser sede da Olimpíada-2016.

O plano administrativo do PSDB prevê ainda um auxílio interministerial para a realização do Pan. A competição continental, marcada para julho no Rio, calcula-se, já tirou dos cofres públicos algo em torno de R$ 2,847 bilhões.

Já as questões legislativas são tratadas de forma distintas pelos concorrentes no pleito de hoje. A principal bandeira da oposição tem sido colocar em prática o Projeto de Lei 4874/2001, o chamado "Estatuto do Desporto".

O texto prevê o agrupamento de todas as leis referentes ao esportes no país. Diz que é dever do estado promover políticas desportivas educacionais e medidas de proteção aos eventos, assim como regula a cobertura das emissoras de televisão.

Enquanto isso os governistas indicam como prioritária a reforma da Lei Pelé – aí sim, passada esta etapa, seria então aprovado o Estatuto. Com o apoio dos dirigentes de futebol, espera-se a revogação de alguns artigos que tratam da relação trabalhista dos jogadores de futebol (dando maior segurança jurídica aos empregadores).

A implantação da Timemania, loteria criada para amortizar as dívidas (que chegam a R$ 900 milhões) dos clubes com a União, será outra questão prioritária.

Para Geraldo Alckmin, seria preciso uma revisão da proposta (leia-se obrigar as equipes a se transformarem em empresas). Lula vê no novo jogo a oportunidade de revitalizar financeiramente os times das séries A, B e C.

A nova configuração do Congresso também surge como fator decisivo para a realização dos temas. Nas eleições realizadas dia 1.º, por exemplo, a CBF perdeu muitos aliados e inimigos da entidade tiveram votação significativa – como os deputados Sílvio Torres (PSDB-SP) e Rodrigo Maia (PFL-RJ) e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Especula-se também que, em caso de reeleição, o candidato ao senado derrotado no Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PC do B-DF), retornaria ao Ministério do Esporte. Se houver derrota do presidente, o deputado Sílvio Torres seria o mais cotado.§ Rodrigo Fernandes

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