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Éder, Camacho, Rômulo e Fabrício no gramado da Vila Capanema: quarteto aproveitou a folga da eleição para voltar ao Rio de Janeiro, reencontrar os familiares e o sol | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
Éder, Camacho, Rômulo e Fabrício no gramado da Vila Capanema: quarteto aproveitou a folga da eleição para voltar ao Rio de Janeiro, reencontrar os familiares e o sol| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Um mês e meio após chegarem a Curitiba, os quatro jogadores que vieram emprestados do Flamengo em troca do meia Éverton têm uma crítica a fazer à cidade: o frio. Acostumados ao clima carioca, os atletas afirmam que agora estão ambientados, mas que no começo foi difícil. "Quero ver o sol", brada o volante Rômulo, 21 anos, a caminho do Rio de Janeiro no último fim de semana, quando o grupo paranista ganhou folga.

Assim que se mudaram para a capital do Paraná, Éder, Rômulo, Fabrício e Camacho foram para um hotel em frente à rodoviária. Se os dois primeiros já conseguiram alugar seus respectivos apartamentos – um vizinho do outro –, os dois últimos ainda dividem o quarto com vista para a Vila Capanema. Detalhe: a sacada nunca é aberta por causa do frio.

No local, duas camas de solteiro e muitas bolsas e roupas espalhadas pelo chão. Um laptop no canto é o contato dos jogadores com o mundo. Mas, apesar das comodidades, tanto o zagueiro Fabrício quanto o meia Guilherme Camacho, ambos com 18 anos, querem sair logo dali. Além da falta de privacidade, o principal motivo é que o Paraná dá R$ 1 mil para cada um (para gastos com hospedagem) e, como o quarto deles custa R$110 por dia, no final do mês os jogadores têm que fechar a conta.

Além do clima gélido, o quarteto oriundo do Flamengo enfrenta outros problemas na capital paranaense. "O pessoal daqui é mais ‘frio’ que o do Rio na relação com as pessoas", constata Fabrício, líder do grupo e o único dos quatro que já pode ser considerado titular absoluto no time paranista. A saudade dos familiares e das namoradas, a diferença do gramado da Vila Capanema e a ausência de praias foram outras dificuldades relatadas pelos cariocas.

Por outro lado, viver longe da família tem suas vantagens. "É uma experiência legal e nova morar sozinho. O Fabrício é um irmão para mim", afirma Guilherme Camacho. Mais jovem do grupo, o meia foi o menos utilizado pelo técnico Paulo Comelli, tendo sido convocado para o banco de reservas apenas no último jogo, na vitória contra o Vila Nova.

Com um discurso que até parece combinado, os quatro garantiram que ainda não conhecem a vida noturna curitibana. "O momento não é propício para isso", lembra o atacante Éder, 21 anos, que vem atuando bem nas últimas partidas e pode acabar deixando Leonardo na reserva.

Segundo os atletas, os passeios resumem-se aos shoppings, ao Parque Barigüi, a alguns restaurantes e até a um "barzinho", como confessa o volante Rômulo.

Os quatro mosqueteiros também já sofreram com a falta de orientação em Curitiba. "O que a gente já se perdeu nesta cidade foi um absurdo. Procurando shoppings e, principalmente, tentando voltar para casa", ri Fabrício. "Mas agora já temos um pouco de noção", garante o volante Rômulo, que diz ter muito ainda para mostrar à torcida tricolor, que, aliás, está feliz com a presença dos "friorentos" atletas, responsáveis também pela recente ascensão paranista na Série B.

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