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Único empecilho para a volta do atacante Keirrison ao Alto da Glória é o alto salário recebido do Barcelona: solução seria abrir mão de parte dos vencimentos | Arquivo/ Gazeta do Povo
Único empecilho para a volta do atacante Keirrison ao Alto da Glória é o alto salário recebido do Barcelona: solução seria abrir mão de parte dos vencimentos| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

Rotatividade no setor ofensivo expõe dor de cabeça do técnico

Os números não mentem: os meias ofensivos e o ataque têm sido o principal problema do Coxa nesses 13 primeiros jogos do ano.

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Raio-X

A saga de Keirrison:

• Palmeiras: Chegou em 2009. 24 gols em 36 partidas.

• Barcelona: Não jogou pelo clube.

• Benfica: Ainda em 2009. Sete jogos e nenhum gol.

• Fiorentina: Em 12 jogos, 2 gols (2010).

• Santos: Retornou para o Brasil em 2010. 31 jogos e 10 gols em um ano e meio.

• Cruzeiro: Seis meses em Belo Horizonte renderam oito partidas e um gol.

A redução do salário que ganha do Barcelona, dono de seus direitos federativos, é o último empecilho para que o atacante Keir­­rison volte a jogar no Coritiba em julho, quando estará recuperado de uma lesão no joelho direito. Determi­nado a voltar o quanto antes para deixar para trás a má fase, o K9 não deve se opor a esse ajuste nos vencimen­tos. Ele e o clube já se entenderam, falta apenas o aval espanhol.

Então prata da casa, ele deixou o Coxa em 2009 com a artilharia do Brasileiro do ano anterior no currículo. Passou rapidamente pelo Palmeiras e seguiu para a Europa, contratado pelo clube mais badalado do mundo. No time catalão, nem chegou a jogar. Começou ali uma série de empréstimos malsucedidos – primeiro pelo Velho Mundo; depois, de volta ao país natal.

Pelo Benfica, Keirrison disputou apenas sete partidas e não fez jus à fama de goleador. Passou em branco. Na Fiorentina, em 12 jogos, fez apenas dois gols. Na sequência, acabou emprestado para o Santos de Neymar e Ganso, onde também fracassou, sem conquistar espaço no time titular. Ten­­tou então o Cruzeiro, mas foi brecado pela contusão que o mantém longe dos gramados.

No total, em quase três anos, balançou as redes apenas 13 vezes.

Pelo telefone, o jogador admitiu que precisa recomeçar. O Alto da Glória seria o lugar ideal para isso, como ele mesmo faz questão de frisar. "Eu discuto quando al­­guém fala mal do Coritiba. Quero voltar para a minha casa. Vou ficar muito contente", garantiu, reiterando que é coxa-branca de coração. "Não só joguei no Coritiba; virei um torcedor de verdade", revelou.

Recentemente, ao responder a perguntas enviadas por torcedores coxas-brancas à Gazeta do Povo, o presidente do Coxa, Vil­­son Ribeiro de Andrade, confessou que gostaria de ter Keirrison de volta. Porém enfatizou que dependia não apenas do Coritiba ou do K9, mas também de um acordo com o Barcelona, com quem o atacante tem contrato até 2014.

O superintendente de futebol alviverde, Felipe Xi­­me­­nes, disse varias vezes que as "portas estão abertas" para o atacante.

O que ninguém fala abertamente é que o problema é exclusivamente salarial. Keirrison re­­ce­­be do Barça um valor mensal dis­­tante do padrão brasileiro, comparado aos salários de técnicos como Muricy Ramalho e Van­­derlei Luxemburgo. Quando foi emprestado pelo Santos, por exemplo, o time paulista pagava uma parte e os espanhóis completavam o montante. Algo que o Coritiba não tem condições de repetir. A única solução é o jogador aceitar uma redução dos salários.

Keirrison foge do assunto, mas para defender o Alviverde – e reencontrar o rumo da carreira – não tem outra saída. "Eu sou novo, estou com 23 anos, ainda tem muita coisa pa­­ra acontecer. O meu melhor momento não foi no passado. O melhor está por vir. O que eu fiz foi muito bom, mas ainda não cheguei no meu auge", disse o jogador.

O atacante sofreu em de­­zembro, em um treino no Cru­­zeiro, a mesma lesão ocorrida no Coritiba, há seis anos – no ligamento cruzado anterior.

Após ser operado pelo médico alviverde Lúcio Ernlund, que ga­­rante que a coincidência da le­­são é só azar, o K9 se recupera na Toca da Raposa. Isolado e sentindo o desinteresse da cú­­pula da Raposa, tem mínimas chances de ficar em Minas Ge­­rais. O fato de sua família mo­­rar em Curitiba e a carência do clube por jogadores de sua posição ajudam a compor o cenário para o retorno.

Keirrison garante que só quer voltar quando estiver 100% fisicamente. "Toda semana pergunto para o médico e o fisioterapeuta como estou. Eu sou chato, peço que sejam sinceros, que não queiram me proteger. Preciso me recuperar bem, não quero voltar mais ou menos, quero voltar superbem", garante o prata da casa, deixando a esperança para os torcedores coxas-brancas.

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