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Foram cinco "jogos de despedida" de Rafinha com a camisa alviverde. Desde que vestiu um terno para ter o primeiro contato com representantes do Schalke 04, da Alemanha, há quase um mês, o lateral-direito passou a conviver com a ansiedade causada pela arrastada negociação. Mesmo assim, continuou sendo um dos destaques do Coritiba. A certeza da transferência veio apenas ontem, quando o presidente Giovani Gionédis resolveu aceitar a proposta do clube europeu.

Quando o acordo foi selado, o jogador, de apenas 19 anos, se tornou o responsável pela maior venda da história do Coxa. O valor total é 5 milhões de euros (R$ 14,5 milhões), que serão pagos em duas parcelas. Na Alemanha, vai ganhar um salário líquido de 50 mil euros (cerca de R$ 144 mil), por quatro anos de contrato.

Segundo Gionédis, o lateral chegou a chorar ao saber que o negócio havia sido concretizado. "Foi um longo período de indefinição. Mas no final tudo se resolveu da melhor maneira possível", disse o jogador, orgulhoso por um detalhe no orçamento do novo clube. "Parece que eles deixaram de contratar o (Milan) Baros (artilheiro da última Eurocopa pela República Tcheca, atualmente no inglês Liverpool, campeão europeu) para me levar."

O presidente coritibano endureceu o jogo com o Schalke enquanto pôde. Mas ontem decidiu que a proposta era irrecusável. "Não adianta tapar o sol com a peneira. Os clubes brasileiros precisam vender jogadores para sobreviver", admitiu.

A transação quase não saiu devido a uma indisposição com a diretoria do Schalke. Em determinado momento, Gionédis chegou a se irritar por causa da demora. Do outro lado, os alemães não gostaram da resistência do Coritiba em aceitar o parcelamento do valor e do fato de o jogador não poder viajar para fazer exames médicos sem que antes fosse depositada parte do pagamento.

A atuação dos representantes da Massa Sports, empresa que cuida da carreira do jogador, Gabriel Massa e Naor Malaquias, foi importante para reaproximar os clubes. Eles passaram duas semanas na Alemanha tratando da negociação.

"Mostramos porque era interessante comprar o Rafinha: a certeza de que ele vai cumprir o contrato. É um jogador com boa estrutura emocional, que vai com a cabeça voltada para trabalhar lá e não pensando em voltar logo em seguida", explicou Marcos Malaquias, terceiro sócio da empresa, que permaneceu no Brasil e fechou a negociação com o Coxa.

Ele embarca sábado com Rafinha para a cidade de Gelsenkirchen e a previsão é de que o jogador seja apresentado oficialmente terça-feira. Confiando no futebol do lateral, o empresário faz a mesma previsão de Gionédis na véspera. "A próxima meta é a seleção brasileira principal", arriscou.

Alviverdes

Substituto – O meia Jackson será deslocado para assumir a posição de Rafinha na partida de domingo contra o Internacional, em Porto Alegre. Na seqüência do campeonato, o lateral James, que não está treinando por causa de uma virose, também é candidato à posição.

Em caixa – Segundo o presidente Giovani Gionédis, o clube ainda vai estudar onde será aplicado o dinheiro da venda de Rafinha. Mas o pagamento de dívidas, como o penhor do CT da Graciosa, é a prioridade.

Reforço – O meia Élton, que pertence ao Iraty e estava emprestado ao São Caetano, começou a treinar ontem no Coritiba. É uma espécie de compensação pela saída do atacante Alexandre, negociado pelo clube do interior com o Al-Wash, dos Emirados Árabes Unidos.

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