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Rebaixado com Avellino, da Itália, Defendi quer evitar nova mancha no currículo | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Rebaixado com Avellino, da Itália, Defendi quer evitar nova mancha no currículo| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

As risadas e o clima descontraído entre os jogadores durante a roda de bobinho, ontem, na Vila Capa­­ne­­ma, disfarçam o momento crítico do Paraná. A conversa séria do grupo com o técnico Ricardo Pinto, após a brincadeira, condiz melhor com a realidade vivida pelo clube.

A três rodadas do fim do Para­­naense e com 83% de chance de rebaixamento (ver abaixo), o elenco paranista passa a semana lidando com a pressão e a responsabilidade de fugir da situação vergonhosa em que se encontra. Nin­­guém quer protagonizar o maior vexame da história do Tricolor. Nem manchar o currículo profissional com um descenso.

Defendendo o modesto Avel­­lino, da Itália, entre 2007 e 2009, Rodrigo Defendi já passou por ex­­periência parecida. O zagueiro, desta vez, espera evitar uma nova marca negativa em seu histórico. "Estávamos na Série B do Italiano e caímos para a Terceira Divisão. Não é bom para a imagem do clube nem para os jogadores, porque fi­­camos desvalorizados", declarou.

Com o Mogi Mirim, em 2009, o volante Luiz Camargo viveu o "lado feliz" da luta contra o rebaixamento. "No Campeonato Paulis­­ta daquele ano conseguimos escapar na última rodada", recordou.

"A equipe tem de estar tranquila. O Paraná é um time grande. Se vencermos as três partidas que restam, a gente não vai ter problema", afirmou o capitão do time, contando com tropeços de Rio Branco e Paranavaí, rivais mais diretos do Tricolor na luta contra a queda.

Neste caso, o planejamento conta com triunfos nos três desafios restantes, contra Iraty e Ara­­pongas, em casa, e Cascavel, fora. No entanto, os pensamentos neste momento, segundo Defendi, estão voltados somente para o Azulão, adversário do próximo domingo. "Ganhando esse primeiro jogo vamos ficar bem mais motivados para as duas últimas partidas", disse ele.

O foco jogo a jogo é justamente um dos conselhos de Edson do Santos, o "Neguinho", para o Paraná se salvar do mico do rebaixamento. O atual auxiliar-técnico do Avaí comandou a reação paranista no Torneio da Morte, em 2004, quando a equipe também brigou para não cair no Estadual. Naquele ano, foram cinco vitórias nos cinco últimos jogos da competição. "Tem de pensar no próximo jogo. Depois se trabalha em cima dos outros", ressaltou.

Para Neguinho, o jovem elen­­co ainda precisa superar a falta de experiência com muita união. "O Paraná hoje tem uma equipe muito jovem. Tem que trabalhar a cabeça deles e fe­­char o grupo: jogadores, diretoria, comissão, departamento médico... Nessa hora todo mundo tem que se ajudar", aconselhou Neguinho, es­­­­perando o mesmo desfecho de 2004. "O Paraná não deveria estar passando por isso. Cair para a Se­­gunda Divisão é um desastre."

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