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Durou menos de dois meses a passagem de Renato Gaúcho pelo Atlético. Logo após a derrota para o Atlético-MG, por 1 a 0, na noite de quarta-feira (31), o ex-atacante avisou ao diretor de futebol, Alfredo Ibiapina, que estaria deixando o cargo por problemas particulares. A informação veio a público no dia seguinte e confirmada pelo próprio treinador em entrevista coletiva no meio da tarde.

"Foi uma decisão minha. Tenho de resolver problemas particulares que já tinha no Grêmio. Quero que fique claro que não existe convite de outro clube", afirmou Renato, refutando na mesma toada os boatos de que estaria rumando ao Vasco, cujo técnico, Ricardo Gomes, está internado se recuperando de um acidente vascular encefálico hemorrágico.

Renato Gaúcho chegou a Curitiba em 7 de julho e comandou a equipe em 14 partidas. Foram quatro vitórias, cinco empates e cinco derrotas - o que significa cerca de 40,5% de aproveitamento. Tendo em conta apenas o Brasileirão, o retrospecto foi um pouco melhor, de 47%.

No Nacional, o Furacão chegou a deixar a zona de rebaixamento por apenas uma rodada, mas retornou após o empate por 2 a 2 com o América-MG, na Arena da Baixada, no último dia 21. Na Copa Sul-Americana, o treinador escalou reservas e foi eliminado após duas derrotas para o Flamengo.

Após a derrota em casa para o Atlético-MG, nesta quarta-feira (31), por 1 a 0, o treinador havia voltado a lamentar a campanha pífia do time antes de sua chegada, culpando esse período de seca - 1 ponto somado em 24 disputados - pela péssima colocação do Furacão na tabela do Nacional.

Na coletiva desta quinta-feira, chegou a reforçar que o Furacão melhorou sob seu comando. "Quando cheguei, o Atlético tinha um ponto; hoje, tem 18. O trabalho foi positivo, os números não mentem. É quase 50% de aproveitamento", repetiu o treinador, que havia usado o mesmo discurso após a derrota em casa para o Galo mineiro, na véspera de sua saída oficial. "Mas eu prefiro me ausentar do que prejudicar o time", complementou, revelando que pediu desculpas à diretoria.

O primeiro nome que surge para substituir Renato Gaúcho é o de Paulo César Carpegiani. Ele fez um bom trabalho em 2010 no próprio Atlético, que ocupava a quinta colocação do Brasileiro em outubro, quando o técnico preferiu se transferir para o São Paulo. Alfredo Ibiapina confirmou que o nome é interessante: "É um bom nome, um grande profissional. Gosto muito dele", admitiu. Segundo apurou a reportagem, o clube espera uma resposta de Carpegiani para confirma-lo. A intenção do Rubro-Negro é resolver a troca de comando ainda na noite desta quinta-feira.

O nome de Gilson Kleina, atualmente em alta na Série B, no comando da Ponte Preta, foi noticiado como possível opção horas depois do adeus de Renato Gaúcho. O assessor do técnico, Rodolfo Machado, afirmou inclusive que foi feita uma sondagem inicial por parte do Furacão. "Falta um contato mais concreto da diretoria do Atlético", revelou. A diretoria rubro-negra, porém, negou ter procurado o comandante campineiro.

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