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Uma das missões do técnico René Simões na entrevista coletiva após a vitória do Coritiba por 2 a 1 sobre o Grêmio nesta quarta-feira, em Curitiba, foi tentar explicar, mais uma vez, porque o seu time vive numa gangorra neste Brasileirão. Vence bem em um jogo, perde o seguinte. Volta a vencer um grande, tropeça em um pequeno.

Para o comandante Coxa a própria dificuldade do campeonato gera essa instabilidade. "O campeonato é difícil. Ponto. Falta maturidade ao time. Temos jogadores que estão disputando o Brasileirão pela primeira vez. Essa maturidade só se ganha na malandragem. Hoje, quando eles ficaram com 10 jogadores (Thiego foi expulso), foi o momento em que jogamos menos. São esses detalhes que atrapalham".

O treinador surpreendeu ao escalar o time no 4-4-2 (abandonando o 3-5-2 que vinha usando até então. Segundo René, parte dos créditos pela vitória desta noite deve ser concedida a seus auxiliares Edson Borges e Alfredo Montesso. "Quero dar o parabéns ao Edson e ao Alfredo. Eles vieram com essa idéia e bateram que tínhamos que jogar com das linhas de 4 hoje. Eles foram decisivos nas colocações que deram e foram muito bem".

O sucesso da formação da equipe, embora os jogadores tenham encontrado problemas de entrosamento, aconteceu graças às peças escolhidas pelo treinador. "A tua omelete depende dos ovos que você tem. Não posso jogar com duas linhas de quatro se não tiver bons laterais". Para René, os jogadores precisam ser inteligentes e dois deles ganharam elogios do comandante. "O Douglas, por exemplo. Eu brigo muito com ele, pois é talentoso, tem autoridade é inteligente. O time cresce com ele em campo". "O Carlinhos Paraíba foi muito bem, quando não veio por dentro, veio por fora".

A melhor qualidade do Coritiba nesta noite foi a maneira como o time se portou após tomar o gol logo no começo de jogo. "Os jogadores começaram a entender que mesmo pressionado, você não pode sair do jogo. Tomamos o gol e não saímos do jogo. Estou satisfeito. Ganhamos, mas não mudou nada ainda". Profissionais x torcedores

O técnico René Simões comentou sobre uma dificuldade que tem enfrentado desde que voltou ao Coxa no final do Campeonato Paranaense: conseguir separar o profissional do torcedor. Segundo ele, o meia Marcelinho Paraíba tem enfrentado a mesma dificuldade.

"O Marcelinho esta sofrendo, assim como eu desde que voltei ao Coritiba. Antes eu era só profissional, mas agora tem essa mistura dentro de mim e as vezes o torcedor fala mais alto. O Marcelinho está gostando tanto do Coritiba que as vezes esquece que é profissional e exagera nas cobranças". "Conversei com ele e me prometeu fazer sete jogos sem tomar cartões. Já fez dois. Faltam cinco", disse o treinador.

"Tenho falado para ele: goste do clube, mas não tudo senão deixa de ser profissional. Ele esta apaixonado pelo clube e fica desesperado quando vê a atuação da arbitragem, do bandeirinha. Fica irritado mesmo. Hoje pude conversar bastante com ele para acalmá-lo. Jogando com a razão, ele será brilhante como é". O treinador elogiou o golaço marcado pelo jogador. "Tem que ter a sorte e o talento também. O Marcelinho ta ai para isso".Vem aí o Atletiba

René comentou sobre suas expectativas sobre a próxima rodada, domingo (19), às 16h, no clássico contra o Atlético. "Eu acho que vai ser um dos clássicos mais pegados que tivemos. O Waldemar começou trabalhando comigo em 1984 e é um treinador extraordinário. Ele consegue ir dentro do jogador e faz com que ele dê 100%. Vai ser um jogo de preparar corações, extremamente bem jogado, com raça e determinação. Quem for com 99% de vontade, não ganha o jogo. Tem que ser 100%".

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