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Mano Menezes orienta os jogadores da seleção brasileira: técnico quer mais movimentação de Ganso, Robinho, Neymar e Pato | Hedeson Alves, enviado especial/ Gazeta do Povo
Mano Menezes orienta os jogadores da seleção brasileira: técnico quer mais movimentação de Ganso, Robinho, Neymar e Pato| Foto: Hedeson Alves, enviado especial/ Gazeta do Povo

Los Cardales, Argentina - Após o empate por 0 a 0 com a Venezuela na estreia, irritados com a retranca adversária, o técnico Mano Menezes e os jogadores da seleção brasileira apostavam em uma partida mais aberta diante do Paraguai, equipe de melhor nível técnico. O problema é que o adversário de amanhã, às 16 ho­­ras, em Córdoba, não é exatamente um time acostumado a dar espaços e sofrer gols. Já não vê a própria rede balançar há cinco jogos, um a mais do que a elogiada defesa do Brasil.

No calor do insucesso na primeira rodada, Mano previu um jogo com mais brechas diante dos paraguaios, dizendo que o adversário tem responsabilidade de atacar por ter feito "uma grande Copa do Mundo".

O futebol que há um ano levou a seleção guarani às quartas de final na África do Sul, porém, passou longe da ofensividade. Foram três gols marcados e dois sofridos em cinco jogos. Nas oitavas, a classificação veio nos pênaltis após o 0 a 0 com o Japão persistir por 120 minutos. Na fase seguinte, o time do técnico argentino Gerardo "Tata" Martino só caiu ao perder por 1 a 0 para a campeã Espanha, com um gol chorado de David Villa aos 38 minutos do segundo tempo.

Antes do empate por 0 a 0 com o Equador em sua primeira partida na Argentina, o Paraguai também não sofreu gols nos amistosos preparatórios com Bolívia (2 a 0 e 0 a 0), Romênia (2 a 0) e Chile (0 a 0).

Após estudar um pouco mais o adversário, ontem Mano já não falava em espaços. "Dependerá muito do que o Tata Martino vai fazer. O Paraguai já jogou de diversas maneiras, inclusive na Copa. Esperando mais atrás, ou na frente, porque tem um trabalho para fazer isso", analisou.

Jogar na frente, no caso, não significa um time aberto. Sim, uma marcação pressionando a saída de bola brasileira. Foi desta forma que os paraguaios atropelaram a seleção de Dunga, por exemplo, no dia 15 de junho de 2008: 2 a 0, em Assunção, com gols de Santa Cruz e Cabañas.

Mano diz que não se surpreenderá se a estratégia guarani for essa. "Já fizeram marcação na saída de bola contra a Espanha na Copa também, então podem perfeitamente fazer contra o Brasil. Mas não tenho dificuldades de passar aos jogadores um entendimento em relação a isso. Temos condições de sair", garantiu, fazendo uma comparação com o último jogo. "A Venezuela tentou fazer no primeiro tempo. No segundo não conseguiram, e foi até mais difícil para a gente quando ficaram atrás."

Ele garante que o time está preparado para qualquer postura do adversário. E promete surpreender. Além de testar Lucas Silva e Elano durante a semana, opções que devem ficar para o decorrer da partida, cobrou mais movimentação do quarteto ofensivo Ganso, Robinho, Neymar e Pato. "Temos de fazer com que o Brasil seja diferente do que Paraguai espera. Não só encontrar a dificuldade do outro lado para então neutralizar", anunciou.

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