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Uma complicada seqüência separa o Coritiba da Série A. Sexto colocado com 51 pontos, para garantir sem sustos ou combinações de resultados o acesso à elite, o clube precisa de quatro vitórias nos cinco jogos finais do Brasileiro. Atingindo a marca de 63 pontos, a equipe ultrapassaria o número mágico (62) calculado pelo matemático gaúcho Tristão Garcia, responsável pelo site de estatísticas Infobola.

Impossível? O retrospecto contra os mesmos adversários no primeiro turno mostra que não. Em agosto, o Coxa bateu América-RN (5 a 1), Paysandu (1 a 0) e Gama (2 a 1) em casa, e Avaí (2 a 1) em Florianópolis, desempenho que garantiu ao time o simbólico título de inverno. O único revés foi perante o Atlético-MG (2 a 1), em Minas Gerais.

O problema agora será decidir a classificação na condição de visitante, com o Alviverde precisando conquistar pelo menos seis pontos nas três rodadas longe do Alto da Glória. O atual aproveitamento do time fora de Curitiba é de 31,2%. Mas o que preocupa é que enquanto na metade inicial da competição o desempenho como forasteiro era de 40,7%, no segundo turno caiu para 19% – apenas uma vitória, justamente a goleada de 5 a 1 sobre o Vila Nova que serviu parâmetro ao técnico Paulo Bonamigo para ajustar a equipe na reta decisiva da Segundona. "Aprendemos a jogar fora de casa, mesclando objetividade e inteligência", afirmou o treinador.

Há ainda outra pedra no caminho coxa-branca. Se no primeiro turno o momento era extremamente favorável, com a série invicta de seis partidas pós-Copa e a descoberta do lado artilheiro do prata da casa Anderson Gomes, autor de três gols no triunfo sobre o América, o returno desequilibrou a campanha do clube.

Além do abalo psicológico causado pela briga com a torcida no Aeroporto Afonso Pena e pela constante guerra política travada nos bastidores, o Coritiba amargou um jejum de oito jogos sem vitória. A crise fez vítimas. Celebrado por marcar os gols do empate com o Náutico no Recife (2 a 2), Jefferson logo passou de solução a vilão, terminando dispensado. O mesmo caminho do centroavante Alberto.

Com William machucado, Bonamigo ficou sem um camisa 9. O jeito foi improvisar Edu Salles, cuja inconstância na hora das finalizações assusta a arquibancada.

"Eu tenho certeza de que se chegarmos ao jogo com o Avaí (última rodada) dependendo só da gente, estaremos na Primeira Divisão", avaliou Paulo Miranda.

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