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Rodolfo participou de seu último treino antes de se internar em uma clínica de reabilitação, onde ficará pelo menos cinco semanas | Antonio Costa/ Gazeta do Povo
Rodolfo participou de seu último treino antes de se internar em uma clínica de reabilitação, onde ficará pelo menos cinco semanas| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

Atleticanas

Estreias

O meia-atacante Henrique e o atacante Marcão devem estrear amanhã contra o São Caetano, às 16h20, em Paranaguá. Os dois treinaram nos lugares de Bruno Furlán – com lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo – e de Tiago Adan, respectivamente. Gabriel Marques treinou na lateral direita, já que Maranhão foi poupado.

Morro

O atacante Morro García e o Atlético não chegaram a um acordo em audiência ontem no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR). O jogador havia entrado com uma ação para tentar rescindir o contrato com o Furacão. Uma nova audiência está marcada para 14 de novembro.

Além da luta para deixar a dependência química, o goleiro Rodolfo tem um caminho bem longo para enfrentar, mas, nesse caso, nos tribunais. Depois de ter sido flagrado positivo para cocaína na partida diante do CRB, no dia 9 de junho, um novo exame poderá complicar ainda mais a situação do arqueiro, o que pode chegar a um possível banimento do futebol. Mesmo no banco de reservas, foi sorteado e pego no exame antidoping no embate contra o Ceará, no dia 23 de junho – uma contraprova foi pedida.

"Se ele foi sorteado, esse exame dará positivo. Há reincidência sim, o que é um agravante no caso dele", explicou o advogado do Atlético, Domingos Moro. "Segundo a legislação internacional, na reincidência pode haver o banimento. Não estamos pensando nessa possibilidade, mas ela existe", adiantou.

O departamento jurídico, aliás, não espera uma punição leve. O objetivo é que a pena não ultrapasse os dois anos, como ocorreu com o atacante Jobson, que também testou positivo para cocaína.

Enquanto aguarda os desdobramentos do caso, Rodolfo falou ontem pela primeira vez após o caso ter vindo a público. De cabeça baixa, com o olhar distante e a voz trêmula, ficou bem claro que ele não queria estar ali para fazer um breve pronunciamento, que não durou mais de dois minutos.

Mesmo envergonhado, reconheceu que é um dependente químico e que precisa de tratamento. "Sou dependente químico já faz um tempo. E agora pedi ajuda ao clube porque estava precisando. Tenho só que agradecer aos psicólogos Dionísio [Banaszewski] e Gilberto [Gaertner] e vou dar o meu máximo para sair dessa situação", disse antes de deixar a sala de imprensa rumo a uma clínica, onde ficará pelo menos cinco semanas internado para se tratar – em regime fechado. Só sairá para o próprio julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em data ainda indefinida.

O arqueiro, que ainda treinava ontem pela tarde, aceitou a proposta do clube para se internar. Segundo ele, fará isso pensando nos filhos. "Essa recuperação vai ser muito importante. Tenho dois filhos e meu pensamento é neles. Vou me recuperar pensando neles", falou. "Se Deus quiser tudo vai dar certo."

Se depender dos companheiros de time e do técnico Jorginho, ele vai ter todo o apoio possível. Depois de Rodolfo ter comunicado ao elenco o uso de cocaína, recebeu a garantia dos jogadores de que ajudariam no tratamento dele. Inclusive, visitas à clínica (que não foi revelada) serão agendadas para que ele não perca o contato com os outros atletas.

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