Romário faz três e chega aos 995 gols marcados

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Agora vai ser difícil Renato Gaúcho tirar Romário do time. O atacante garantiu neste domingo a virada do Vasco sobre o Madureira, por 4 a 1, ao marcar três gols - a exemplo do que já havia feito contra o Volta Redonda, também no Carioca e em São Januário. Com isso, Romário chega a 995 gols na carreira, e a contagem regressiva fica mais emocionante. O artilheiro está a apenas cinco do tão sonhado milésimo, o que já faz o torcedor começar as apostas sobre o adversário que sofrerá o gol histórico.

Foi uma estréia com festa a do Vasco em São Januário, pela Taça Rio. Mas no início, o time deu susto na torcida. O Vasco sentiu muita dificuldade de entrar na bem arrumada defesa do Madureira no primeiro tempo. Para piorar, o sistema defesivo dava espaço aos atacantes do Tricolor suburbano, que trocavam passes pelo meio ou aproveitavam a ausência dos laterais Wagner Diniz e Sandro, que não avançavam nem defendiam.

Muriqui, que já havia assustado o goleiro Cássio aos 21 minutos, abriu o placar aos 34. Depois de deixar Dudar sentado no chão com um drible, ele tocou para Marcelo, recebeu de calcanhar e chutou pressionado por Fábio Braz, fazendo um golaço. Parecia que o Madureira seria o mesmo que chegou à final da Taça Guanabara.

Antes do fim do primeiro tempo, o árbitro Djalma Beltrami paralisou a partida para que os jogadores pudessem beber água e se refrescar do forte calor.

No intervalo, o técnico Renato Gaúcho resumiu bem o primeiro tempo, ao falar o que havia visto:

"Domínio do Madureira. No meu time, nada", disse, sem muitas palavras e de cabeça baixa.

No segundo tempo, os sustos na torcida vascaína continuaram, mas ao menos o Vasco passou a criar chances de gol. Principalmente porque, a pedido de Renato Gaúcho, o time passou a avançar pelas pontas. Aos 11, num cruzamento da esquerda, Leandro Amaral marcou seu oitavo gol no Campeonato Carioca.

O técnico Renato Gaúcho foi expulso por reclamar do árbitro, mas o Vasco continuou jogando pelas pontas. Desta vez pela direita, veio o cruzamento para que Romário fizesse de cabeça o gol da virada, aos 19. Mas a participação do Baixinho ainda não havia terminado.

Aos 23, Morais arrancou com a bola e, quase caído, deu passe para Romário, que marcou. O último ato do Baixinho aconteceu aos 32, com um toque de malandragem. Após tirar a bola do goleiro Everton, ele se jogou. O árbitro assinalou o pênalti, o atacante fez seu terceiro gol na partida e deixou a torcida mais otimista para a Taça Rio.