Mosley fica isolado no paddock
A iniciativa da associação das equipes de Fórmula 1, a Fota, de anunciar na quinta-feira passada a criação de um campeonato próprio já permitiu avanços no seu verdadeiro objetivo, que é destituir Max Mosley da presidência da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Para a Fota, o dirigente é o principal responsável pelo impasse que ameaça o futuro da competição. Ontem, Mosley sentiu-se sozinho em meio à multidão do circuito de Silverstone.
Silverstone - Pela primeira vez no ano as taças de champanhe que ontem estavam nas mãos dos convidados no motorhome da Brawn GP foram "oferecidas" por Rubens Barrichello. Com o terceiro lugar do brasileiro, a equipe conseguiu manter a incrível marca de ter ido ao pódio nas oito etapas já disputadas no Mundial de F-1. Jenson Button, que chegou em sexto, ficou pela primeira vez em 2009 sem receber um troféu.
"Minha primeira meta era conseguir tirar pelo menos um ponto da vantagem que o Jenson tem para mim e consegui tirar três. Agora é tentar repetir isso nas outras corridas", falou Barrichello, que está 23 pontos atrás do parceiro. "Foi um grande passo porque a gente sempre joga melhor em casa e ganhar dele aqui foi super bom", completou o brasileiro, que teve de tomar injeções de cortisona durante o fim de semana por causa de dores lombares.
Apesar de ter visto a vantagem do companheiro cair, Barrichello não acredita que isso possa representar uma desvantagem psicológica para o inglês. "Ele é muito maduro e sei que não é um sexto lugar que vai mudar algo na cabeça dele."
O único motivo de reclamação do piloto ontem foi a escolha de usar os compostos duros (que não rendiam tão bem quanto os mais macios) após o primeiro pit, o que fez com que seu terceiro posto chegasse a ser ameaçado no meio da corrida. "Aí, pisamos na bola. O carro passou a sair de traseira. Com os moles, depois melhorou", disse ele, emendando outra crítica à escuderia, desta vez relacionada à temperatura dos pneus: "Na China, onde a Red Bull venceu também, tivemos o mesmo problema. Se faz frio, nós não aquecemos os pneus e eles não têm essa dificuldade", ressaltou.
Nelsinho Piquet
O 12º lugar não traduz o bom trabalho de Nelsinho Piquet, da Renault, ontem. "A história se repete: eu preciso melhorar nas classificações." Mesmo assim, o brasileiro conseguiu ficar à frente do companheiro de equipe, Fernando Alonso, 14º, e de Robert Kubica, da BMW, em 13º, com quem batalhou durante a prova.
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