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O São Paulo está muito perto de conquistar o heptacampeonato. O time, que começou o Brasileirão 2009 devagar, tropeçando muito, deu, neste sábado, um passo decisivo para conquistar seu sétimo título nacional, o quarto consecutivo, ao vencer o Vitória por 2 a 0, no Morumbi, pela 35ª rodada. Nem a discussão entre André Dias e Hugo, que chegaram a se agredir no primeiro tempo, tirou o brilho da vitória tricolor.

Com o triunfo, os são-paulinos vão a 62 pontos e abrem três de vantagem sobre o Palmeiras, faltando apenas três rodadas para o fim da competição. Já o Vitória, com 44 pontos, segue em 13º.

O São Paulo volta a jogar no próximo domingo, contra o Botafogo, às 17h, no Engenhão, no Rio. Já o Vitória, no mesmo dia, mas às 19h30m, enfrentará o Barueri, no Barradão, em Salvador.

Tapas e gols

Um jogo quente, com clima de final. Pelo menos para o São Paulo, que jogava para assumir a liderança isolada do Brasileirão. Os tricolores dominaram boa parte do primeiro tempo, com 55% de posse de bola, oito finalizações, contra três do Vitória, e quatro chances claras de gol. O time baiano teve apenas uma. E foi justamente nesse lance de perigo do Leão que o clima entre os são-paulinos esquentou.

Aos 15 minutos, Ramón cobrou faltou falta da esquerda. Rogério Ceni defendeu com os pés e, na sobra Washington afastou o perigo mandando a bola para escanteio. Hugo e André Dias começaram a discutir rispidamente, um acusando o outro de ter falhado no lance. O zagueiro deu um soco no queixo do meia, que, na resposta, acertou um tapa no rosto do companheiro. Eles foram contidos pelo volante Arouca, mas levaram o amarelo.

O lance, porém, não fez com que o São Paulo perdesse a linha. O time seguia em cima, trocando passes e envolvendo o adversário, que tentava explorar os contra-ataques armados por Ramon. Gláucio até conseguia receber em condições na frente, mas as jogadas não seguiam.

Aos 24, o gol tricolor, que estava maduro, saiu. Hernanes lançou Jorge Wagner na esquerda. O meia, em posição duvidosa, dominou e virou para Washington, que entrava pela direita. O camisa 9 recebeu na mesma linha da zaga, fez jogada individual e chutou cruzado. Viafara espalmou, mas a bola sobrou para o próprio Jorge Wagner, que estufou a rede num chute de esquerda. Na comemoração, Hugo e André Dias se abraçaram e fizeram as pazes.

O Morumbi explodiu. A tensão dos tricolores deu lugar a uma euforia que se traduziu no coro: "O campeão voltou, o campeão voltou".

Hugo garante

O São Paulo tratou de garantir sua vitória logo no início do segundo tempo. Aos três minutos, Hernanes roubou a bola pela direita e cruzou para a pequena área. Hugo entrou como um raio pelo meio da defesa do Leão e cabeceou firme. Viafara, como no lance do primeiro gol, não conseguiu segurar. Ele chegou a bater na bola, mas não o suficiente para impedir que ela entrasse.

O gol tranquilizou o São Paulo. O Vitória não conseguia armar jogadas. Tentava trocar passes, mas sem conseguir se aproximar do gol defendido por Rogério Ceni. Assim, o Tricolor tinha tranquilidade e espaço para atacar. Hernanes, livre, ditava o ritmo da equipe da casa. Aos 22, o camisa 10 arrancou, invadiu a área pela direita e acertou um chute rasteiro. Viafara mandou para escanteio.

Rogério só foi trabalhar aos 29, num chute de fora da área de Neto Berola. Bem colocado, o capitão tricolor defendeu sem muita dificuldade. O jogo do Vitória se resumia nisso: chutes de longe. O São Paulo se fechava muito bem e dificultava as ações adversárias.

A partir dos 30, os baianos pararam de atacar e deram campo para os donos da casa criarem várias chances. Algumas delas, muito boas. Aos 43, Washington desperdiçou uma incrível. Marlos entrou pela esquerda e cruzou rasteiro, na medida, para o camisa 9. Era só escolher o canto e ampliar, mas o atacante conseguiu errar.

Como a chance perdida não fez falta, a torcida nem ligou. Os tricolores preferiram exaltar a vitória e a proximidade do título.

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