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São Paulo deu nesta sexta-feira sua última cartada para ser escolhida como uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Praticamente uma certeza entre as 17 candidatas, a capital paulista foi a primeira a passar por inspeção da comitiva da Fifa, que percorrerá as outras postulantes até o dia 7 de fevereiro. Esquivando-se de problemas crônicos, como segurança e enchentes, o prefeito paulistano, Gilberto Kassab, preferiu a comparação com outras capitais.

"Não sou especialista em seleção de cidades-sede de Copa do Mundo para dizer quais são os principais obstáculos para São Paulo, mas as outras candidatas têm muito mais problemas do que a gente. Eu prefiro fazer essa comparação a falar de obstáculos", declarou Kassab, que fez uma breve apresentação da cidade de São Paulo para os representantes da Fifa e depois foi embora.

O trio da Fifa, formado pelo francês Thierry Weil, o americano Dick Wiles e o brasileiro Fulvio Danilas, assistiu ainda, no auditório Armando Nogueira, no Museu do Futebol, a duas apresentações. Uma do projeto de infraestrutura da cidade para o Mundial de 2014, incluindo um institucional, e outra da modernização do estádio do Morumbi, que tem o arquiteto Ruy Ohtake no comando.

Segundo Walter Feldman, secretário municipal de esportes, os membros da entidade que comanda o futebol mundial não fizeram comentário algum sobre a infraestrutura da capital paulista, mas deixaram suas observações a respeito do estádio do Morumbi. Algumas questões sobre o local terão de ser respondidas por escrito.

"Eles mostraram muita preocupação com a área de imprensa no estádio, com a visibilidade e também com os vestiários. Foram feitas algumas perguntas e o São Paulo terá de responder por escrito. Eles são muito rigorosos com a área técnica", contou Feldman, presente no auditório durante toda a apresentação.

Sem o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que estava em compromisso na Conmebol, no Paraguai, o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 estava representado na vistoria da Fifa por Rodrigo Paiva, Joana Havelange, Mário Rosa, Carlos de La Corte e Carlos Geraldo Langoni. Esse último falou em nome de Teixeira.

"Nós estamos bem impressionados com o esforço da cidade de São Paulo (para se tornar uma das sedes da Copa do Mundo no Brasil). E é muito importante saber que o estádio do Morumbi tem recursos garantidos para sua modernização", declarou Langoni, ex-presidente do Banco Central.

Nos ares

Logo depois da apresentação do projeto da cidade, no Museu do Futebol, a comitiva da Fifa pegou um helicóptero e partiu para o estádio do Morumbi, onde faria uma rápida visita às instalações, acompanhada também do presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, e do arquiteto Ruy Ohtake, responsável pelo projeto da reforma.

O sobrevoo pela capital paulista continuaria em seguida por outros pontos da cidade: Jockey Club, obras da linha amarela do Metrô, principalmente próximo ao estádio, Anhembi, Sambódromo, Parque São Jorge, Pinacoteca, Estação da Luz, Museu da Língua Portuguesa, Anhangabaú, Teatro Municipal, Praça da Sé, CT’s da Barra Funda (Palmeiras e São Paulo), avenida Paulista e Parque do Ibirapuera.

"Espero que essa comitiva da Fifa saia daqui convencida de que podemos fazer uma Copa do Mundo com segurança e com uma ótima rede hoteleira para o turista", disse o prefeito Gilberto Kassab ao final do seu pronunciamento.

Por fim, o trio da Fifa visitaria o aeroporto de Congonhas, onde a Infraero faria uma apresentação dos aeroportos paulistas para a Copa. De lá, a comitiva da Fifa parte para Porto Alegre, segunda cidade a ser inspecionada.

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