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A torcida são-paulina lotou o Morumbi para festejar o sexto título nacional, mas faltou avisar o time do Fluminense | Flávio Dias/ Vipcomm
A torcida são-paulina lotou o Morumbi para festejar o sexto título nacional, mas faltou avisar o time do Fluminense| Foto: Flávio Dias/ Vipcomm
  • Perea e Souza (alto) comemoram com Marcel, autor de dois gols na vitória do Grêmio por 4 a 1 sobre o Ipatinga, no Ipatingão

A festa estava armada. Quase 70 mil torcedores lotaram o Morumbi ansiosos para ver mais um título do São Paulo no Campeonato Brasileiro. O ambiente contagiou os jogadores, mas também os deixou pressionados. Visivelmente nervosos, não conseguiram vencer o Fluminense (1 a 1). Após o jogo, a frustração da torcida era aparente, nas arquibancadas e na beira do campo.

"O torcedor acho que sai meio frustrado", reconheceu o zagueiro André Dias. "Mas também tem de tentar manter a confiança na gente por tudo que fizemos no campeonato. Perder a confiança do torcedor neste momento significaria que não fomos dignos para chegar até aqui. Mas nós ainda somos os líderes da competição", afirmou o zagueiro, que procurou manter a cabeça erguida mesmo depois da frustração.

Antes da partida, todos no São Paulo reconheciam a necessidade de vencer e já garantir o título por antecipação. Primeiro, porque o time queria conquistá-lo diante de sua torcida. Segundo, para evitar uma semana de forte pressão às vésperas da decisão, fora de casa.

"Seria importante ganharmos hoje (ontem). Não era o ideal deixar a decisão para o último jogo", resumiu Rogério Ceni.

O goleiro fez projeção das dificuldades que o time paulista vai ter na última rodada, diante do Goiás, no Bezerrão, no Gama, a 30 quilômetros de Brasília – o time goiano perdeu o mando de campo por confusão de seus torcedores no jogo contra o Cruzeiro. "A equipe vai ter que ter um espírito de luta muito grande para sair do Gama com o título."

O dia começou difícil para os dirigentes e comissão técnica são-paulinos. Antes da partida, participaram do velório e enterro do ex-presidente Marcelo Portugal Gouvêa, que morreu na noite de sábado, em decorrência de problemas cardíacos. O superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha chegou a chorar na chegada da delegação ao estádio. O técnico Muricy Ramalho, também abatido, prometeu que a vitória seria em homenagem ao dirigente.

Mas ela não veio. E o clima ficou ainda mais pesado depois da partida, nos vestiários. "Precisamos levantar a cabeça, trabalhar durante a semana e reunir forças para vencer o próximo jogo", disse Jorge Wágner. "Sempre tem uma responsabilidade maior quando se joga uma partida como esta (contra o Fluminense). A gente estava preparado. Mas são coisas que acontecem no futebol."

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