Passados mais de dois meses do fim do patrocínio da Caixa Econômica Federal, Athletico, Coritiba e Paraná ainda não conseguiram encontrar um novo patrocinador máster. Segundo especialistas, os clubes paranaenses estão com o marketing defasado e a tendência do mercado é que os patrocínios tenham valores mais baixos no futuro.
“A culpa dessa situação é do marketing de Athletico, Coritiba e Paraná. Especialmente o Athletico, que está muito a frente dos demais. O Mario Celso Petraglia [presidente do Deliberativo rubro-negro] peca ao não dar importância ao marketing. O departamento do Athletico é muito fraco para o tamanho do ativo do clube”, analisa Amir Somoggi, consultor em marketing esportivo.
Atualmente o Athletico conta com três patrocínios de menor porte: Uber, Philco e Copacol. Além da Caixa, a Havan também deixou o Furacão. O Coxa possui quatro patrocínios, mas nenhum máster. São eles Pro Tork, RDP Midway e Bourbon. Já o Paraná está sem parceiros comerciais.
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“Os clubes colocam apenas a marca na camisa achando que isso é marketing esportivo. Enchem o uniforme com patrocinadores pequenos. Mas o mercado está dando um recado: ou você melhora a entrega que você dá para o meu patrocínio ou eu não vou te patrocinar. Por isso, muitas empresas migram para setores de mídia social, entretenimento e música”, explica o consultor.
Em 2018, a Caixa pagou R$ 6 milhões ao Athletico, R$ 5 milhões ao Paraná e outros R$ 3 milhões ao Coritiba. Para Erick Betting, jornalista e consultor esportivo, a tendência é que os clubes não consigam atingir os mesmos valores.
“A tendência é de um retorno de empresas privadas ao esporte. Mas os valores devem ser mais baixos. Já vemos alguns clubes fechando patrocínios. O Corinthians, clube com grande alcance, tinha um patrocínio com a Caixa de R$ 30 milhões e agora é de R$ 12 milhões no valor fixo com o BMG”, projeta Betting.
Em relação ao tempo em que os clubes paranaenses estão sem anunciante principal, Betting classifica como normal a demora. “Clubes com maior alcance nacional vão fechar os contratos antes”, finaliza o consultor.
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