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O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf), Sérgio Corrêa, negou que tenha ocorrido qualquer tipo de irregularidade nas saídas dos árbitros Djalma Beltrami, Wagner Tardelli e Alício Pena Júnior do quadro da Fifa.

Nesta quinta-feira, o presidente da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro (Coaf-RJ), Jorge Rabello, acusou Corrêa de ter pedido a Beltrami que "cedesse sua vaga e seu escudo mediante compensação financeira ".

O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem disse não ter lido as acusações feitas por Jorge Rabello. E afirmou que, depois de analisá-las a partir da próxima segunda-feira, poderá consultar o departamento jurídico da CBF para verificar possíveis medidas a serem tomadas.

Corrêa afirma que em novembro, durante reunião na Granja Comary (Teresópolis), informou aos árbitros que representam o país na Fifa que a Comissão estudava a possibilidade dos juízes que, porventura, deixassem o quadro, pudessem apitar até aos 46 anos - um ano a mais que o limite atual. O presidente da Conaf afirma que isso seria uma forma de reconhecer o trabalho desenvolvido pelos profissionais. E que essa abertura já existe em outros países, como na Inglaterra, onde alguns apitam até os 48 anos.

"Seria um reconhecimento à biografia deles. Essa previsão ainda não está hoje no regulamento porque primeiro precisariam ocorrer as mudanças. Devemos homologar essa possibilidade em 2009", afirmou.

Os três excluídos do quadro da Fifa vão ser transferidos para o chamado "quadro especial", criado no ano passado, segundo Sérgio Corrêa, com a finalidade de abrigar profissionais que deixassem o nível máximo da arbitragem, sem prejuízo financeiro.

Corrêa negou ter prometido a Djalma Beltrami que ele "sempre apitaria bons jogos", como foi insinuado por Jorge Rabello.

"Isso não existe. Eles estariam à disposição de acordo com o rendimento deles. Não teriam qualquer tipo de benefício nas escalas em relação aos outros", garantiu.

O presidente da Conaf afirma que a saída do trio do quadro da Fifa foi resultado do projeto de renovação da arbitragem brasileira. Segundo Sérgio Corrêa, se a entrada de três nomes mais jovens não fosse feita (Leandro Vuaden, Ricardo Marques e Wilson Seneme, que volta após ser afastado por problemas físicos), o Brasil teria poucos árbitros com a experiência internacional necessária para participar da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no país.

"(Wagner) Tardelli sairia em 2009, (Djalma) Beltrami em 2011 e Alício (Pena Júnior) em 2013. Decidimos antecipar a renovação, permitindo que tenhamos mais opções para o Mundial. Caso contrário, chegaríamos em 2014 com apenas três nomes".

Sérgio Corrêa disse considerar natural que alguns fiquem insatisfeitos com as alterações na lista de indicados para a Fifa. Djalma Beltrani disse que a sua retirada do quadro "foi um ato covarde"

"É um processo natural de renovação, de mudança, iniciado em 2007 pela CBF. E que pode gerar insatisfação. Mas não podemos agir com o coração. Precisamos quebrar o paradigma de que o posto de árbitro da Fifa é vitalício. Não entendo a revolta. Tardelli compreendeu o projeto. Beltrami não reagiu bem à mudança, dizendo que gostaria de ficar", afirmou.

Sérgio Corrêa negou também ter a intenção de prejudicar a arbitragem do Rio, como reclamou Jorge Rabello.

"Houve uma renovação elevada na arbitragem carioca. Quando o Marcelo de Lima Henrique foi indicado para a Fifa, ninguém falou da entrada dele".

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