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O volante Odair foi um dos jogadores que sobreviveram ao acidente desta madrugada envolvendo o ônibus do time de futebol do Brasil de Pelotas. Comovido pela morte dos colegas Claudio Milar e Régis Alves, e do preparador de goleiros Giovani Guimarães, o atleta, que estava com uma atadura na mão direita, narrou os momentos que antecederam a tragédia, no km 150 da BR-392, na altura do município de Canguçu, no sul do Estado.

"Estávamos no segundo andar do ônibus. Eu estava no último banco e pensei: "vou lá para frente com o motorista". Fui a caminho do meio do ônibus, e o Claudio Milar e o Paulo Roberto estavam tomando chimarrão. Daí, eu sentei no vão do banco para tomar chimarrão com eles e fiquei por ali", lembrou o volante, esclarecendo que alguns jogadores, entre eles Milar, estavam sem cinto de segurança.

O acidente teria acontecido por volta das 23h40min de quinta-feira. Segundo a Polícia Rodoviária Federal de Pelotas, o ônibus teria caído de um barranco de cerca de 40 metros - o equivalente a um prédio de 15 andares.

"O ônibus girava e batia. Eu dizia: 'não quero morrer, não quero morrer'. Uma hora, ele (o ônibus) parou e eu pensei: 'estou vivo'. Então ele começou a despencar mais. No final, parou e eu estava com medo de que o ônibus explodisse. Queria sair, mas não achava a saída. Daí eu ouvi o Danrlei, que já estava fora do ônibus, gritando", relatou, explicando que estava com muita dor nas costas.

"Um outro jogador me puxou para uma fresta, daí eu disse: 'Danrlei me puxa que eu não tenho força para sair'. O Danrlei, mesmo com o braço machucado, me puxou e me jogou para o barranco. Eu saí e fomos tentar salvar os outros. Queríamos buscar todo mundo. Nos separamos para subir o morro e buscar ajuda enquanto os outros socorriam. O lugar é muito alto", finalizou Odair.

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