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O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai analisar mais um trecho das escutas telefônicas da Polícia Federal sobre o ex-presidente do Corinthians Alberto Dualib. Em gravação divulgada pela TV Record, ele admite que os 11 jogos anulados pelo escândalo da arbitragem interferiram no resultado do campeonato. Ele ainda credita a vantagem do Corinthians sobre o Internacional ao ponto conquistado no empate do Pacaembu, quando os gaúchos tiveram um pênalti legítimo, sofrido por Tinga. Além de não marcar a falta, o árbitro Márcio Rezende de Freitas expulsou o meio-campista.

Procurado pela reportagem, o presidente do STJD e conselheiro do clube, Rubens Approbato Machado, disse, por telefone, que foi informado sobre o assunto, mas ainda não tomou conhecimento das palavras do dirigente.

- Soube do caso há dois minutos, mas ainda não sei qual é o grau da acusação. Já entrei em contato com o procurador-geral (do STJD, Paulo Schmitt) e ele vai conduzir a investigação com urgência. É ele quem vai examinar e decidir se é caso de abrir uma denúncia - diz.

Para Rubens Approbato, o fato de Alberto Dualib não ser mais presidente do Corinthians não interfere na investigação. Sobre a perda do título de 2005, o presidente do STJD prefere aguardar a análise da procuradoria, mas não descarta a possibilidade.

- Seria leviano da minha parte comentar algo que não ouvi. Ele (Dualib) hoje não estaria jurisdicionado ao clube, mas, se for necessário, será convocado e vai ter de comparecer para dar esclarecimentos. Caso alguma irregularidade seja comprovada, o clube também será responsável - afirma.

O procurador-geral do STJD Paulo Schmitt disse que está avaliando as informações. Ele prepara um relatório para apresentar ao presidente Approbato.

- Na quinta-feira, vou encaminhar o relatório que já está sendo feito sobre a parceria Corinthians/MSI, e as declarações do ex-dirigente do clube também serão apresentadas - informa.

Sobre as chances de o Brasileirão 2005 ter um novo campeão, Schmitt considera difícil, mas não descarta.

- É bem pouco provável tirar um título de quem quer que seja. As partidas foram repetidas e isso está definitivamente julgado. Mas não podemos descartar nada - avalia.

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