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O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) interferiu nesta quarta-feira (27) de forma praticamente definitiva na escolha do último participante do Campeonato Estadual 2007.

Após a Federação Paranaense de Futebol (FPF) apontar o Toledo para ocupar a vaga do desistente União Bandeirante, o órgão jurídico, "com base em critérios técnicos", determinou agora a entrada do Engenheiro Beltrão no posto abandonado.

O presidente do STJD, Rubens Approbato Machado, foi quem atendeu à medida cautelar inominada (forma a garantir e proteger o direito até a decisão final do recurso interposto) exigindo a imediata reforma da tabela.

Toda essa confusão, que ainda ameaça a realização do torneio regional, começou quando Galo e União abdicaram da disputa.

O representante de Maringá partiu para uma fusão com a Adap e abriu caminho ao Iguaçu (3.º colocado da Divisão de Acesso). A troca seguiu a lógica prevista no Estatuto do Torcedor, prevalecendo a classificação obtida em campo.

Já para ocupar o lugar da equipe bandeirantina, a FPF indicou o Toledo (último colocado da Ouro 2006), quando o mais coerente seria apontar – pela classificação dentro de campo e seguindo o critério anterior – o 4.º colocado da Prata: justamente o Engenheiro.

"Nosso direito é líquido e certo", diz o presidente do clube beneficiado, Luiz Linhares. "Não tem o que contestar. Agora, já era. Vão ter de respeitar os critérios técnicos", completa, animado.

O retorno das atividades na FPF (em recesso) será apenas no dia 2 de janeiro, 12 dias antes do início da competição. Com isso a entidade fica praticamente de mãos atadas para reagir. "Sinceramente, não sei o que deverá ser feito", diz o diretor do departamento técnico da Federação, Almir Zanchi.

No despacho da corte suprema, o TJD-PR – um possível trunfo da gestão Onaireves Moura – também saiu derrotado. O presidente do STJD determinou que todos os processos da matéria fossem suspensos, assim como deveriam ser sustadas as decisões proferidas pela instância local. Uma das broncas do Beltrão era justamente a suposta inércia do tribunal paranaense na análise do caso.

"Agora seria preciso cassar essa liminar no STJD ou simplesmente acatá-la. Tempo para brigar existe", garante o vice-presidente do TJD, o advogado Lourival Barão. "Quem vai decidir é o departamento jurídico da Federação."

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