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O goleiro tetracampeão da seleção brasileira de futebol, Cláudio Taffarel, está apostando na convocação de Dida para defender o gol da equipe nesta Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (24) em sua casa de descanso, em Gramado, no Rio Grande do Sul, Taffarel foi enfático ao dizer que o são-paulino Rogério Ceni não deve vestir a camisa número um da seleção, apesar de ser o grande nome da atualidade no Brasil.

Hoje em dia, Taffarel mora e trabalha em Porto Alegre. Quando está em Gramado, geralmente nos fins de semana, joga vôlei com amigos em uma associação na cidade, onde o assédio continua o mesmo dos tempos de seleção. Além de falar sobre suas apostas para a Copa, afastamento dos campos e ex-colegas de trabalho, Taffarel confimou que estará na Alemanha, em junho, participando de uma festa junto com outros campeões mundiais, a convite da FIFA. Confira os principais trechos da entrevista.

Por que você acredita que Dida seja confirmado como titular?

Eu, dentro da seleção, trabalhei muito com o Dida e o cara é muito bom goleiro, tem uma estatura boa, tem confiança. Agora, todo mundo quer ir pra Copa. O Rogério estava quietinho até agora e começou, ele vai um pouco atrás do embalo. Mas é normal, está jogando bem e tudo, ele quer ter o espaço dele. O problema é que não é a vaga de titular, o Rogério não vai ser titular, e nenhum cara que não foi chamado vai ser titular. Tem o Gomes (PSV da Holanda), tem o Júlio Cesar (Inter de Milão), tem o Marcos (Palmeiras). Quer dizer, ele está brigando de repente por uma terceira vaga. Mas eu acho que o Parreira vai levar um cara jovem.

Falando em Copa do Mundo, qual a lembrança do momento do chute de Roberto Baggio na Copa de 94, após uma grande defesa, que confimou o tetra campeonato para a seleção, ofuscando as críticas sobre sua ida para aquela Copa?

Eu tive aquele feeling de que a Copa acabou ali. Eu tinha essa total noção e olha que ele era um cara que não errava pênalti nunca. E depois daquilo nunca mais falei com ele. Ele não é um cara muito acessível, é meio difícil, é meio personagem. O italiano é um pouco assim, de se achar muito.

Como é estar parado agora, aos 39 anos. Você não sente falta?

Parei consciente, sentindo que meu corpo já não estava mais rendendo como antes. Parei com 37 anos, foram 20 anos. E eu já comecei tarde, com 18 anos. O prefeito de Crissiumal (RS), onde eu morava, me levou até o Internacional. Fiz um teste em 84, tinha 18 anos.

O que você acha do Romário, por exemplo, ainda levando a carreira aos 40 anos?

Acho bacana, porque o Romário é um cara que joga muito em cima dessa meta. Ele joga com objetivo lá na frente. Ele gosta que todo mundo fale dele. Só não gosto desse lado dele assim de sumir, não aparecer para jogar. Ele quer ser um cara diferente.

E o que você está fazendo agora, afastado dos gramados?

Eu abri um escritório com o Paulo Roberto, que foi lateral direito do Grêmio, e estamos representando jogadores. As coisas estão aparecendo, como o André, goleiro do Juventude. De repente os caras olham pra nós, que fomos vitoriosos, e vão seguir, vão procurar. Isso que é gostoso, parar de jogar e ver que deixou uma marca legal.

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