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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A fase de Teliana Pereira é tão boa que a tenista vence mesmo sem entrar em quadra. Na próxima segunda-feira, a alagoana radicada no Paraná assumirá a liderança no ranking brasileiro, ultrapassando Jenifer Widjaja.

Campeã do torneio de San Luis Potosi, no México, em 2006, a paulista (186.ª do mundo) não irá defender o título neste ano, perdendo os 35 pontos referentes à conquista. Teliana conseguirá tirar a diferença de 10 pontos que separa as duas melhores tenistas do país porque só abrirá mão de seis ao não participar de nenhuma competição oficial em outubro. "Desde quando fui campeã do Pré-Pan (disputado em Curitiba, em junho), sabia que algo de muito bom iria acontecer na minha carreira", revelou.

O posto de número 1 do Brasil fecha o ciclo mais vitorioso na carreira da atleta de 19 anos. No fim do ano passado, quando ainda amargava a 961.ª colocação no ranking mundial (WTA), Teliana sentou com o técnico Didier Alexis e montou o planejamento para 2007. A meta era terminar a temporada como a principal tenista nacional e entre as 200 do mundo. Se desse, a conquista de uma medalha pan-americana seria muito bem-vinda.

Há dois dias, ao aparecer como a 196.ª da WTA – e já sabendo da desistência da concorrente – a garota descobriu que a estratégia seria finalizada com 100% de aproveitamento. "Estou feliz, mas ciente de que tenho de treinar mil vezes mais agora", contou ela, medalha de bronze no Pan do Rio de Janeiro ao lado de Joana Cortez na disputa por duplas.

A ascensão de Teliana chama a atenção pela rapidez. Em um ano, justamente na temporada de estréia como profissional, a atleta ganhou 765 posições na classificação mundial. Nada mal para quem não pôde participar dos mais expressivos torneios internacionais por falta de suporte financeiro. "Depois do Pan é que a situação melhorou um pouco. Antes ela tinha de viajar e passar longas temporadas sozinha na Europa. Eu só estive junto nos últimos dois torneios", comentou Didier.

Há ainda outros fatores que ajudaram no meteórico sucesso da nordestina. Dentro de quadra, Teliana melhorou a potência dos golpes e a resistência, evoluindo especialmente no saque e nos ataques com o braço direito, explica o treinador. No lado psicológico, a tenista ganhou confiança com os títulos recentes. "Sei que posso enfrentar qualquer menina", diz.

Quando voltar da série de três campeonatos no Velho Mundo, em novembro, Teliana se reunirá novamente com o treinador. A ambição para 2008 é não fazer feio na estréia no circuito Grand Slam – Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open. "Agora é degrau por degrau", explicou.

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