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Perdemos para a Argentina. Temos de lamentar? É claro que sim, não pelo resultado em si, porque perder para a Argentina, que é uma das melhores equipes de basquetebol mundial por uma diferença de cinco pontos não é demérito para ninguém. O grande problema é que tínhamos totais condições de sairmos vencedores.

Analisando bem superficialmente para começar, se tivéssemos uma porcentagem de lance livre melhor durante o jogo (erramos 50%) teríamos ganhado com certa tranquilidade. Porém, a equipe brasileira foi instável durante toda a partida.

Tirando o primeiro quarto que vencemos por 26 a 23, e o final do último quarto, no qual tiramos uma diferença que chegou a 13 pontos, o restante foi muito abaixo do que podemos produzir.

Enquanto tínhamos dificuldades para pontuar, a Argentina movia a bola sempre procurando os jogadores mais livres e, por consequência, arremessos equilibrados que têm um alto índice de aproveitamento. Os jogadores argentinos são muitíssimo experientes e frios. Nos momentos de maior tensão da partida, especialmente no último quarto, quando a diferença caiu para dois pontos, eles mantiveram a calma e retomaram o comando da situação.

Talvez a pressão de termos de ganhar de nossos eternos rivais e recuperar a imagem do basquetebol brasileiro tenha pesado em alguns momentos da partida. É lógico que a Argentina também estava pressionada, pois nossa equipe vem melhorando muito nestes últimos anos, mas os jogadores argentinos tiveram um melhor controle.

Bem, paciência. Voltamos a disputar uma Olimpíada depois de 16 anos, o que é uma grande vitória.

Creio que a semente está plantada, o Brasil está de volta aos Jogos Olímpicos, graças a esta geração brasileira que é muito boa e com certeza nos trará grandes alegrias em outras competições.

O que mais anima os entusiastas do basquetebol é saber que além desta geração de atletas que está representando o Brasil em Londres, existe uma nova geração se formando, com grandes valores individuais que podem continuar este processo de retomada de espaço do basquetebol brasileiro no cenário mundial.

*O curitibano Rolando foi o primeiro jogador de basquete brasileiro a ingressar na NBA. Foi campeão no Pan de 1987 e participou das Olimpíadas de Seul e Barcelona

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