Termômetro coxa-branca busca retomada

• 0

O cenário ideal para a torcida do Coritiba hoje à noite, no Couto Pereira, às 21h50, contra o Vasco, passa obrigatoriamente pela cabeça e pés do meia Davi.

A última atuação de gala do Coxa – contra o Palmeiras, no dia 5 de maio – coincide exatamente com a última grande apresentação do jogador – vice-artilheiro da equipe na temporada. Naquela ocasião, ele marcou o segundo dos seis gols do time.

Com 14 gols desde que chegou no Alto da Glória, no início do ano, o camisa 11 amarga cinco jogos sem balançar as redes adversárias. E o jejum, apesar de ele não ser um atacante, já incomoda.

"Acho que o fato de não fazer gol o pessoal cobra muito. Até mesmo porque no começo do ano fiz muitos. Estou jogando mais para a equipe, na marcação estou me empenhando mais e, às vezes, fica difícil de chegar", explicou o atleta, ontem, véspera da decisão da Copa do Brasil.

"Estamos bem focados, querendo entrar em campo e mostrar o futebol que apresentamos durante esses meses aí. Temos consciência disso, não só eu, como a equipe toda", acrescentou o gaúcho de 27 anos, que vem sentindo o desgaste por causa da sequência de duelos.

Para o confronto decisivo, Davi terá mais liberdade para entrar na área e arriscar, como vinha fazendo até a goleada que mostrou o Coxa para o país. O técnico Marcelo Oliveira revelou que tem conversado e passado confiança para que o meia volte a ser decisivo no momento mais importante do ano.

"Confio bastante nele. É um jogador que tem boa articulação, bom chute de fora da área. Ele não conseguiu marcar nos últimos jogos, mas quem sabe não está reservado para esse último?", disse o treinador, que tem na manga uma opção que acelera o desempenho de Davi: Marcos Aurélio.

A presença do atacante, algo que não foi confirmado pelo comandante entre os titulares, é naturalmente um fator facilitador para que o bom futebol volte ao Alto da Glória. Mesmo que entre no decorrer da partida, é sempre uma esperança de jogadas que podem fazer toda a diferença.

"É um grande jogador que ajuda bastante, tem facilidade na finalização, consegue decidir em espaços pequenos e tem muita visão. Temos de saber sobreviver sem ele, temos feito isso, mas espero que na quarta [hoje] ele possa nos ajudar de algum jeito", fechou Davi.